Polícia
QUADRILHA PRESA NA OPERAÇÃO HIDRA DE LERNA ERA CHEFIADA POR SERVIDOR DA IDARON; Saiba tudo
Terça-feira, 25 Junho de 2013 - 14:31 | RONDONIAGORA
A quadrilha descoberta burlando sistemas e falsificando no Detran de Rondônia era composta por várias pessoas, tinha ramificações em três outros estados e tinha como um dos chefes um servidor da Agência de Defesa AgroSilvopastoril, a IDaron. O bando acabou preso nesta terça-feira durante a Operação “Hidra de Lerna”. Mais de 250 agentes e delegados de Polícia Civil participaram da ação cumprindo 67 mandados de prisão e mais de 100 de busca e apreensão determinados pelo juiz Edvino Preczvski, titular da 1ª Vara Criminal de Porto Velho.
A Polícia apurou que a quadrilha atuava em duas frentes, formando dois grupos criminosos, um deles comandado por Jorgino Melo da Silva ou Jorgiano Coutinho da Silva e sua esposa, Ducicleide Pereira da Silva, que usa o nome de Duci Maria di Camargo. Outro grupo era comandado pelo servidor da Idaron, Valnir Gonzaga de Leles Júnior.
A Polícia apurou que a quadrilha atuava em duas frentes, formando dois grupos criminosos, um deles comandado por Jorgino Melo da Silva ou Jorgiano Coutinho da Silva e sua esposa, Ducicleide Pereira da Silva, que usa o nome de Duci Maria di Camargo. Outro grupo era comandado pelo servidor da Idaron, Valnir Gonzaga de Leles Júnior.
Jorgiano e Ducicleide descobriram uma forma diferente, mas não inédita de atuar no mundo do crime: falsificar CNHs utilizando CNHs verdadeiras que estavam em processo de litígio no Detran. Com a ajuda do bando no órgão estadual, a dupla tinha acesso a espelhos autênticos das carteiras, que eram então submetidas a processo químico. Assim conseguiam suprimir dados do verdadeiro condutor para em seguida inserir os dados falsos. Para a prática dos crimes contavam com o apoio de Messias Souza da Costa, funcionário do Detran e de uma família inteira, dona de um Despachante, o “Telma”. Atuavam no esquema Jonatas de Oliveira, também conhecido como “Pedrinho”, Mercedes Soares Macalé (mãe de Pedrinho) e Daniel Soares de Oliveira (irmão de Pedrinho). “Pedrinho” levava as CNHs falsas para Jorgiano e Ducicleide.
Havia ainda um subgrupo que fazia a captação de clientes interessados nas CNHs falsas. Jorgiano e Ducicleide cobravam R$ 500 por cada CNH falsa, mas na fase inicial do esquema o bando cobrava entre R$ 700 a R$ 2 mil, mas havia casos de pessoas que pagaram até R$ 4 mil.
Segundo investigações da Polícia, Jorgiano diversificou seus negócios nos últimos meses. Há algum tempo, pensou que era alvo de ação policial e transferiu a base de operações para Rio Branco, no Acre. De lá, recebia as matrizes via encomenda expressa e despachava tudo da mesma forma para Porto Velho.
Funcionário da Idaron
As investigações garantem que servidor Valnir Gonzaga de Leles Junior comanda e coordena uma extensa rede de criminosos voltada para a pratica de crimes contra a administração estadual. Ele era responsável, utilizando intermediários e servidores do Detran por alterações irregulares de veículos e baixa de multas no sistema Renavam. Dois servidores do órgão são citados diretamente: Valdeney Cloares e Bruno Henrique Lima Paraguassu. Despachantes atuavam no golpe.
Segundo já foi apurado, o bando oferecia a redução nos valores cobrados do IPVA e chegava a oferecer descontos de 40% sobre o valor devido.
De acordo com a Polícia, “Despachante Telma é a ligação entre os grupos.
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