Briga entre secretários de Confúcio compromete Saúde em Rondônia

A briga entre o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Muller, e o adjunto, José Batista da Silva, está comprometendo o funcionamento do setor em Rondônia. Fornecedores estão indignados porque prestaram os serviços, já na gestão do governador Confúcio Moura (PMDB), apresentam notas fiscais e documentação exigida, mas não recebem porque o titular da pasta acumula pilhas de processo em sua mesa. Na semana passada, Batista mandou uma Ordem Bancária para o Banco do Brasil autorizando um pagamento, mas o secretário Alexandre Muller desautorizou a quitação do débito pendente junto a instituição, alegando que o adjunto não tem poderes para efetivar transações financeiras. Os médicos cardiologistas estavam parados até o início da semana porque a empresa de exames laboratoriais havia paralisado as atividades por falta de pagamento. Prestadores de serviço nas áreas de oxigênio, limpeza, medicamentos e até hospitais particulares vivem o mesmo drama. “Não entendo como o governador quer priorizar a saúde dessa maneira”, explicou um fornecedor. Há três semanas, o médico Paulo Brito, diretor do Hospital Panamericano, denunciou que o Governo fazia pouco caso da saúde porque não priorizava os pagamentos das instituições privadas que prestam serviços ao Estado.

Assembléia reage

Os deputados estaduais prometem denunciar o caos na saúde nesta terça-feira durante sessão ordinária. A exemplo da semana passada, os parlamentares vão endurecer os discursos, pedindo a saída imediata do secretário Alexandre Muller. Até o líder do Governo, Edson Martins (PMDB-Urupá), defendeu a necessidade de reformulação no quadro de assessores de primeiro escalão do Governo.