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Política

DESEMBARGADOR ACUSA PRESIDENTE DO TRT E COLEGAS DE PRESSÃO E DENUNCIA ENVOLVIMENTO DE JUÍZA

Terça-feira, 19 Junho de 2012 - 13:31 | RONDONIAGORA


O desembargador Vulmar de Araújo Coêlho Junior, do TRT de Rondônia, reagiu nesta terça-feira às acusações de envolvimento no escândalo dos precatórios do SIntero, denunciado recentemente pelo Conselho Nacional de Justiça (Clique aqui e relembre a denúncia). Em carta lida em frente a sede do próprio TRT ele disse que vem sofrendo perseguições na corte desde que, atuando como corregedor, investigou a liberação de recursos à advogada Elisiane de Lisieux Ferreira por parte da juíza Isabel Carla de Mello Moura Piacentini (Clique para relembrar o caso), sem tomar precauções. Segundo Vulmar, a partir daí ele recebeu pressões de todos os lados. Diz que apenas dois membros do Tribunal não o abordaram de alguma forma. “São todos amigos e comensais, colegas de viagens particulares, e parentes por afinidade desta magistrada, e portanto não querem de maneira nenhuma que o caso siga adiante. Desta relação de apoios ocultos, imorais e anti-éticos somente excluo os Desembargadores Ilson Pequeno e Francisco Cruz.”, afirmou.

CONFIRA A CARTA DE VULMAR:


Sou Vulmar de Araújo Coêlho Junior, desembargador do trabalho, vice-presidente e corregedor eleito para o mandato 2011/2012.
Dirijo-me a sociedade rondoniense, aos servidores, magistrados, advogados, que trabalham e militam junto do Trabalho da 14ª Região.

Sou Vulmar de Araújo Coêlho Junior, desembargador do trabalho, vice-presidente e corregedor eleito para o mandato 2011/2012.

Em decorrência do extenso noticiário a respeito do processo nº 2039/89, conhecido como Precatório do SINTERO, no qual meu nome é intensamente citado, como responsável por ameaçar diversas pessoas, bem como por supostamente integrar um esquema visando lesar o erário público, tenho a obrigação profissional e pessoal de prestar-lhes as seguintes informações.

Ano passado foi noticiado o levantamento criminoso de milhões de reais da conta judicial do SINTERO, por advogada que não representava seus trabalhadores.

Na condição de Corregedor iniciei investigações que apontaram na direção da magistrada que liberou o pagamento sem realizar qualquer providência prévia para confirmar a regularidade da advogada que nunca tinha atuado no processo do SINTERO que tramitava há mais de 20 anos.

A minha atitude de realizar essas investigações foi motivo de reprovação por parte de todos os desembargadores do TRT, que não escondiam o despudor de proteger a juíza das responsabilidades que terá que responder.

São todos amigos e comensais, colegas de viagens particulares, e parentes por afinidade desta magistrada, e portanto não querem de maneira nenhuma que o caso siga adiante.

Desta relação de apoios ocultos, imorais e anti-éticos somente excluo os Desembargadores Ilson Pequeno e Francisco Cruz.

Consciente que neste Tribunal não há isenção para realizar qualquer julgamento decorrente das  apurações que realizei encaminhei no ano passado, minhas conclusões ao Conselho Nacional de Justiça –CNJ, à Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público do Trabalho, e a Polícia Federal para as investigações fosse não só aprofundadas, como também ampliadas.

Com absoluta certeza digo-lhes que há um quadrilha em volta do Precatório do SINTERO cujo valor alcança bilhões de reais, algo que representa, pelo menos, 20 vezes a arrecadação da MEGA SENA DE NATAL.

Não ameacei quem quer que seja, muito menos integro essa quadrilha que busca faturar o direito dos trabalhadores bem como assaltar os cofres públicos.

Estou sendo perseguido dentro do TRT, à começar pela Desembargadora Presidente Vânia que divulga desde o início do mês que me encontrava no Rio de Janeiro quando na verdade somente retornei da Espanha onde estava estudando direitos humanos, no último dia 16 deste mês.

A Des. Vânia está criando todos os obstáculos para que eu não tenha acesso ao documentos que são necessários para apresentar minha defesa no CNJ.

De forma espúria, sem qualquer sentido de observância do devido processo legal e do direito de defesa fui na prática cassado do cargo de corregedor, que agora está nas mãos da Des. Vânia para melhor acomodar os interesses ocultos.

Confio plenamente nas investigações em curso a nível do CNJ, do Ministério Público, e da Polícia Federal, que certamente conseguirão chegar a verdade e aos implicados.

Em quase 27 anos da Justiça do trabalho sempre lutei, nunca me omiti em defender os legítimos interesses, e vejo o atual momento uma tentativa de me desacreditar, desqualificar o trabalho em realizei, por pessoas que querem desesperadamente proteger os verdadeiros responsáveis que se apropriaram de milhões de reais.

Não fugirei a essa luta. Quem me conhece sabe que travei muitos combates e esse é mais um deles.

Para me calar terão que fazer muito mais, inclusive ao extremo de me matar.

Seguirei na luta por uma sociedade verdadeira mais justa e transparente.

Agradeço a atenção daqueles que tomaram conhecimento desta mensagem.

Posso ser localizado através do e-mail vcjracademia@gmail.com

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