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Política

Para 72,1% da população, prefeito Nazif é reprovado em Porto Velho

Domingo, 10 Novembro de 2013 - 10:20 | RONDONIAGORA


Para 72,1% da população, prefeito Nazif é reprovado em Porto Velho

PESQUISA OUVIU 611 PESSOAS ENTRE OS DIAS 4 A 7 DE NOVEMBRO



Com pouco mais de 10 meses de mandato, a gestão do prefeito Mauro Nazif (PSB) alcançou elevados índices de rejeição. A intensificação do inverno com enxurradas que alagam vários bairros e a obras paralisadas, heranças do ex-prefeito petista Roberto Sobrinho, colocou os índices de aprovação do chefe do Executivo em baixa, segundo constatou pesquisa realizada pelo Instituto Phoenix em Porto Velho. Foram ouvidas 611 pessoas na cidade e na zona rural entre os dias 4 a 7 de novembro. A sondagem também constatou a preferência do eleitorado do maior colégio rondoniense sobre a sucessão governamental. A margem de erro é 3% para cima ou para baixo.

A primeira pergunta dos pesquisadores foi a seguinte: “ao seu ver, o prefeito está administrando bem o município?”. Apenas 8,3% disseram sim. 72,1% disseram não. E 11,5% não souberam responder. A equipe também perguntou aos entrevistados qual a nota de zero a cinco que a gestão de Nazif merecia ganhar nestes últimos 10 meses. 0,2% acreditam que está ótima e então deram nota 5; 0,7% entendem que está bem e creditaram nota 4 ao prefeito; 11,9% avaliaram como regular o Executivo Municipal, apontando nota 3; 7,2% disseram que está ruim, dando nota 2; 4,7% acreditam que está péssimo; e 56,8% avaliaram como sofrível a gestão do prefeito, confirmando nota zero para a gestão municipal.

Promessas de campanha

Para os estatísticos do Instituto Phoenix, a alta rejeição da gestão de Mauro Nazif (PSB) se deve a dois fatores: obras inacabadas e as promessas de campanha ainda não cumpridas. Ele garantiu ao porto-velhense no primeiro e no segundo turno, o fim do monopólio do lixo, que continua nas mãos da Marquise, a contratação de uma nova empresa de ônibus (o edital diz que está sendo preparado), o fim das alagações e a iluminação completa da cidade até o final do ano. Sobre os dois últimos itens, as chuvas dos últimos quatro dias comprovam que a situação do cidadão da Capital continua a mesma. E faltam menos de 60 dias para acabar o ano e nada da prometida iluminação. Os viadutos inacabados, cartão-postal às avessas da entrada da cidade de Porto Velho, também contribui para a rejeição da gestão do prefeito, embora ele tenha transferido a competência e gestão daquela obra ao DNIT.

Capital tem 47 mil favelados

Assunto polêmico na campanha eleitoral passada, quando Mauro Nazif (PSB) e Lindomar Garçom (PV) engrossaram o tom de voz com o empresário Mário Português, ex-candidato do PPS, Porto Velho tem sim favelas. Estudos do IBGE constaram que 47.687 pessoas vivem nessas condições. O relatório foi apresentando na semana passada e constatou o grande número de pessoas vivendo em lixões, áreas de contaminação, terrenos declives ou sem qualquer condições de moradia digna. Com 457.323 mil habitantes, Porto Velho é a única cidade de Rondônia, onde se concentram áreas de favelas e residem pelo menos 10% dos moradores da cidade. De acordo com os critérios do IBGE, um em cada dez habitantes da capital rondoniense reside numa favela. O empresário Mário Português lembrou que Porto Velho tinha favelas e que precisava montar um programa para reverter esse quadro. Nazif, durante debate na Uniron, disse que a capital rondoniense não tinha favela alguma e que tinha orgulho da cidade. O então candidato do PPS sofreu chacota até nas redes sociais através de vídeo montado por comitês concorrentes para reduzir suas chances de chegar ao segundo turno.

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