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Em busca de holofotes, secretário atrapalha campanha em Porto Velho com informações equivocadas
Segunda-feira, 19 Julho de 2021 - 15:57 | da Redação
A estratégia criada pelo prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para vacinar o maior número de pessoas em tempo recorde contra Covid-19 apresenta resultados favoráveis na redução de números de internações e mortes pelo Coronavírus. Na sexta-feira, o drive-thru imunizou quase 2 mil pessoas com a primeira dose e, no sábado, ação concentrou-se no residencial Orgulho do Madeira, local onde o prefeito tomou a decisão de reduzir a faixa para 34+.
Com o sucesso das campanhas, alguns agentes políticos de olho em 2022 tentam pegar carona na movimentação no prédio do Relógio. Foi o caso do secretário Fernando Máximo que, na sexta-feira, apareceu subitamente no local do drive-thru, fez uns vídeos, embora não tenha postado ou apagado de suas redes pessoais, repassando informações errôneas sobre a campanha. Dizia ele, por exemplo, que naquele dia o pessoal da indústria e do jornalismo estaria recebendo os imunizantes, quando o público-alvo da ação era o cidadão da faixa dos 35+ sem comorbidades. De “barbas de molho”, Máximo partiu para São Miguel e Costa Marques, onde aplicou vacinas durante o SOS Vacinação.
Políticos pregam o proselitismo para reduzir efeitos negativos do aumento do “fundão” eleitoral, mas em 2020 todos usaram o caixa
As críticas pontuais dos políticos ao aumento de R$ 2,7 bi para R$ 5,6 bi do “fundão” eleitoral não passam de proselitismo para mitigar os efeitos negativos junto eleitorado especialmente nas redes sociais. Em 2020, os mesmos críticos com raras exceções utilizaram o caixa público para financiar campanhas próprias e de seus aliados nas capitais e no interior.
Caso o projeto sofra sanção presidencial, a solução é não utilizar os recursos e devolvê-los no momento da prestação de contas à Justiça Eleitoral, como define o Parágrafo 11 do Artigo 16-C da Lei Geral das Eleições regulamentando o uso do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
Mas voltando ao assunto das bravatas no Facebook, vejamos alguns exemplos do uso do “fundão” na campanha passada: Cristiane Lopes recebeu dois repasses do PP, um de R$ 947.668,30 e outro de R$ 111.969,79; o sargento-deputado Eyder Brasil (PSL), outro crítico do “fundão”, gastou R$ 848.404,00 em sua campanha para prefeito de Porto Velho; e o advogado Breno Mendes recebeu outros R$ 67.207,60 do Patriota e R$ 280.000,00 do Avante. Até os xiitas do PT foram contemplados. Cláudia de Jesus, ex-candidata de Ji-Paraná, recebeu R$ 87.596,00 do diretório regional e mais R$ 60.000,00 da executiva nacional petista. O deputado federal Dr. Mauro Nazif autorizou o repasse de R$ 24.343,82 do fundo eleitoral para o candidato socialista em Vilhena, Miguel Câmara. Vale lembrar que o financiamento público de campanha é legal e as informações todas estão disponíveis na prestação de contas dos candidatos na Justiça Eleitoral. Agora o que não dá para engolir são as bizarrices politiqueiras nas redes sociais.
Mariana roda o estado, e sedimenta caminho para o Senado
Carismática por onde anda e espalhando o bom humor entre correligionários e lideranças, a deputada federal Mariana Carvalho criou uma rotina frenética entre Brasília e Rondônia, uma hora cobrando mais vacinas ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em outra levando recursos de suas emendas para as prefeituras. Nos últimos dez dias, ela percorreu 14 municípios conversando com tucanos, prefeitos, vereadores, sedimentando seu caminho para voos mais altos nas eleições de 2022. Seu trabalho na Câmara a credencia facilmente para uma reeleição tranquila a depender da reforma eleitoral em ano andamento no Congresso, mas o Senado seria uma opção viável para os irmãos Carvalho e o PSDB pós-Expedito Júnior. É inequívoco o apoio da parlamentar as ações do prefeito Hildon Chaves, garantindo-lhe valores vultuosos para obras de infraestrutura em sua gestão. Um sonho antigo, a reforma do ginásio do Complexo Padrão é um exemplo. Ela não mediu esforços para garantir recursos do Orçamento da União para o novo prédio, que fica pronto neste ano de 2021.