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Momento Confúcio Moura - Para orquídeas, falta mesmo é um quebra pau

Segunda-feira, 18 Outubro de 2010 - 10:57 | Ivonete Gomes


Momento Confúcio Moura -  Para orquídeas, falta mesmo é um quebra pau

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"Creio que a única solução seria uma revolta dos mortos. Se houver uma passeata de todos eles, com velas nas mãos pela Avenida Tancredo Neves, no horário de pico, no outro dia  tem até orquídea no cemitério. Falta mesmo é um quebra pau"

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Ai, ai, ai Confúcio. Fiquei confusa. De um lado a tentativa na Justiça para impedir a veiculação de trechos do livro Caleidoscópio, do outro agradecimentos à publicidade gratuita da obra na internet. Quem és tu afinal?


Dr. Hudson Coutinho, Promotor de Justiça,  veio visitar o túmulo do vão, outra carta do mesmo jeito. Pensei! Estou mal com os mortos. Qual o motivo dos cemitérios serem tão descuidados? Hoje, se alguém que não me conhece, por acaso me perguntar, será que nesta cidade não tem prefeito?  Por quê? Viu o cemitério? – eu falo – não tem Prefeito mesmo. E caio fora.

Corri ao shopping de Porto Velho, aceitando o conselho do poeta-candidato. E não é que constatei que o livro Caleidoscópio virou um sucesso? A vendedora da livraria Exclusiva disse que, subitamente, desde a última quinta-feira, quando começamos a publicar trechos da “magnífica” obra , dezenas de pessoas já tentaram adquirir um exemplar. Pena que o livro jamais apareceu por lá. Não aceitei de jeito nenhum o fato de não ter a obra nas prateleiras daquela livraria. Procurei na Nobre. Ô, quanta decepção! Alguns exemplares foram de fato enviados para a venda lá, pelo justo preço de R$ 25,00 (me fez pensar como a Isabel Allende anda desvalorizada. Eu, hein!). O problema, segundo a atendente da loja, é que passados 3 meses nenhum deles foi vendido. Todos foram devolvidos. Lamento dar a má notícia.

Assim sendo, caros internautas que procuraram a viagem Caleidoscópio e não conseguiram adquirir, vamos a mais trecho. Este é para fazer nossos ancestrais revirarem no túmulo. Boa leitura:

“...Tem hora que fico com vergonha dos nossos cemitérios. Muito mal cuidados. O pessoal tem me falado, porque não cuida melhor dos  cemitérios? Eu não tenho resposta. Gaguejo para um lado e para o outro. Desconverso. Outro dia veio um rapaz de Joinville a Ariquemes, especialmente para visitar o túmulo do pai. Eles moravam muito tempo aqui...Foi embora e me mandou uma carta. Disse do encanto da cidade e que não podia dizer o mesmo do cemitério.

Dr. Hudson Coutinho, Promotor de Justiça,  veio visitar o túmulo do vão, outra carta do mesmo jeito. Pensei! Estou mal com os mortos. Qual o motivo dos cemitérios serem tão descuidados? Hoje, se alguém que não me conhece, por acaso me perguntar, será que nesta cidade não tem prefeito?  Por quê? Viu o cemitério? – eu falo – não tem Prefeito mesmo. E caio fora.

Só tem uma explicação. Os mortos não reclamam. Os mortos não fazem greve. Apenas os parentes irados de verem os seus entes queridos, no maior desleixo, reclamam e com muita razão. Creio que a única solução seria uma revolta dos mortos. Se houver uma passeata de todos eles, com velas nas mãos pela Avenida Tancredo Neves, no horário de pico, no outro dia  tem até orquídea no cemitério. Falta mesmo é um quebra pau.”

Ops! Peraí, peraí... Vou pegar na raiz do cabelo. Ah, tá! Então quer dizer que o pobre, que assim como o morto não é ouvido, só será atendido pelo prefeito que quer ser governador, quando conseguir falar com ele? Com Confúcio Moura, o pobre tem que contar com um interlocutor, enquanto os mortos com um discípulo de Chico Xavier.

Diz o poeta-candidato que “...se houver uma passeata de todos eles, com velas nas mãos pela Avenida Tancredo Neves, no horário de pico, no outro dia  tem até orquídea no cemitério. Falta mesmo é um quebra pau.”  Bem caríssimos servidores, preparam-se então para conquistar orquídeas na base da porrada. À exceção dos servidores em Educação, que de acordo com jornais do interior do Estado, não terão voz. A goela foi negociada pela senadora Fátima Cleide (PT-RO), derrotada nas urnas.

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