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Mundo virado: prefeito torce para adversário conseguir registrar candidatura
Segunda-feira, 16 Maio de 2011 - 15:06 | Dimas Ferreira
TÁAMARRADO!
Pegou fogo a seção de comentários do site WWW.folhadosulonline.com.br após a publicação da saraivada de críticas do pastor Nelson Luchtenberg à decisão do STF que liberou o “casamento gay”. O religioso, líder supremo da Assembléia de Deus, aproveitou a passagem de outra Assembléia (a Legislativa) por Vilhena, para exconjurar os ministros da mais alta Corte de justiça do país, que autorizaram uma “aberração anti-bíblica”. No site, leitores usaram argumentos (bíblicos inclusive) contra e a favor do “pastor alemão”.
LAÇOS DE SANGUE
Adversários do senador Ivo Cassol (PP) em Vilhena apontam a suposta razão de tanto empenho do parlamentar na liberação da verba de R$ 11 milhões para o início da maior obra da cidade: a pavimentação das avenidas Tancredo Neves e 1705. A empresa de um cunhado do ex-governador está trabalhando no empreendimento, mas o empreiteiro que venceu a licitação garante que uma coisa não tem nada a ver com a outra e que apenas loca o maquinário do contra-parente (parente não, viu?) de Cassol.
VAI QUE DÁ
Apesar da situação de penúria da Secretaria Executiva Regional, principal representação do Governo no Cone Sul, o vereador licenciado Ronaldo Alevato (PMDB), que comanda a Pasta, nem pensa em largar o posto. O parlamentar leva fé no argumento usado pelo governador Confúcio Moura para mantê-lo no cargo, a despeito da falta de estrutura: em Santa Catarina, onde funcionam organismos semelhantes, todos os titulares das Regionais se elegeram deputados no ano passado.
CASSOL NÃO É AMORIM
Falando em Confúcio, os aliados dele na região usam um argumento criativo para demonstrar que, a despeito dos tropeços iniciais de sua administração, ele será reeleito em 2014. Os “confucistas” lembram que o mandatário apanhou muito mais quando era prefeito de Ariquemes, mas ao final de seu primeiro mandato, enterrou politicamente o ex-senador Ernandes Amorim e sua família, considerado um mito imbatível no Vale do Jamari. “É só fazer o mesmo, ou seja, administrar com equilíbrio e honestidade, que sepultamos mais gente”, entusiasma-se um dos defensores da teoria confucionista.
VÊ SE PODE
Nesta semana, acompanhados por policiais do Pelotão de Trânsito e Guardas-Mirins, servidores da Ciretran de Vilhena foram às ruas para colocar em prática uma campanha da Onu que visa derrubar em pelo menos 50% o número de acidentes fatais. No primeiro pit stop o pessoal se deu conta do tamanho da encrenca: metade dos motoristas não usava o cinto e o restante falava ao celular enquanto dirigia.
EM PONTO DE BALA
Engana-se quem pensa que o consumo de Viagra, a famosa pílula azul levanta-defunto é coisa exclusiva de gente que já dobrou o Cabo da Boa Esperança. Em Vilhena, donos de farmácias estão espantados com a quantidade de jovens que, mesmo não sendo impotentes, recorrem com freqüência ao produto, “apenas para melhorar o desempenho”. Os comerciantes mais honestos e menos gananciosos avisam aos rapazes: o consumo do medicamento sem necessidade acaba fazendo com que o usuário crie uma forte dependência mental do aditivo. Traduzindo: “broxeza” psicológica.
TÁ AVISADO...
Em entrevista exclusiva à versão eletrônica do jornal FOLHA DO SUL, o presidente do Partido Progressista (PP) em Vilhena, Ilário Bodanese, que é unha e cutícula com o senador Ivo Cassol, líder da agremiação em Rondônia, foi curto e grosso: a sigla pode até apoiar a candidatura do prefeito Zé Rover à reeleição, mas o gesto não é automático. “Se o Rover estiver bem, é o nosso nome, se não, lançamos outro candidato ou nos coligamos com um nome que nos represente melhor”. Com essa, agora mesmo é que o mandatário fica mal...
MUNDO LOUCO
Zé Rover, aliás, protagoniza uma situação estranhíssima, confidenciada a este escriba por um de seus secretários: em silêncio, o líder vilhenense cruza os dedos para que o ex-prefeito Melki Donadon (PHS), de quem é adversário juramentado, consiga registrar sua candidatura. O cálculo de Rover é o seguinte: com Donadon na parada, poucos se arriscariam a entrar na briga e a disputa ficaria, mais uma vez, no mano a mano. E o alcaide acredita, sinceramente, que derrota um humanista novamente.
EMPATA-F...
Cavalheiro que é, o jornalista Vítor Paniágua, assessor de comunicação da Assembleia Legislativa no Cone Sul, bem que tentou manter sigilo sobre o episódio, mas como amigos das próprias vítimas deram com a língua nos dentes, o jeito foi admitir o vexame. Hospedado no Selva Park, o prestigiado hotel do ex-presidente Nério Bianchini (PT), em Cacoal, o comunicador voltava para seus aposentos quando, por descuido, entrou no quarto vizinho, cuja porta estava só encostada. Deu de cara com um casal vilhenense em pleno afogamento do ganso. O jeito foi fechar os olhos e sair do recinto de marcha-ré. Ai, que vergonha!
MARCAÇÃO CERRADA
Fiscais do Ministério do Trabalho estiveram em Vilhena durante toda a semana e vistoriaram várias empresas. O foco da operação é a utilização de mão-de-obra infantil, principalmente na distribuição de panfletos nas ruas. Sorte de alguns espertalhões o arrastão não incluir investigações sobre as fraudes ao seguro-desemprego na cidade. Ia faltar cadeia para tanta gente que se acha genial ao roubar recursos que deveriam socorrer apenas a quem realmente está sem trabalho...
....................................ACONTECEU....................................
COCA-COLA É ISSO AÍ: ELEITORA PASSA “CARÃO” EM SENADORA
Em 2006, a então senadora Fátima Cleide (PT), disputava o Governo do Estado contra Ivo Cassol (PP) que tentava a reeleição. Buscando reduzir a vantagem do principal adversário na capital, a petista organizou uma caminhada no bairro Ulisses Guimarães, disposta a conquistar a periferia.
Naquele sol de setembro, quando a temperatura de Porto Velho bate fácil na casa dos 35 graus, a senadora serviu refrigerantes ao público e deitou falação sobre as próprias virtudes:
- Vocês me conhecem, eu faço uma campanha limpa...
A platéia não se manifestou, ocupada em sorver as generosas e refrescantes doses da bebida. E Fátima continuou:
- Todo mundo aqui é testemunha de que, ao contrário dos meus adversários, eu não compro votos...
Uma mulher franzina interrompeu o consumo do refrigerante e disparou na lata:
- A senhora compra voto, sim. Só tem uma diferença...
Foi aquele silêncio e a enfezada eleitora arrematou:
- A senhora tenta arrancar o nosso voto com refrigerante Dydyo. O Amir Lando [também postulante ao Governo, concorrendo pelo PMDB] esteve aqui ontem e fez a mesma coisa: só que ofereceu Coca-Cola pelo nosso apoio...
Diante da tamanho constrangimento, o evento durou pouco mais de cinco minutos no local.
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