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NOME DE FICHA SUJA NA URNA LEVA MPE A IMPUGNAR CANDIDATO

Sexta-feira, 13 Julho de 2012 - 19:47 | Elianio Nascimento


“Saulo da Daniela Amorim”. O uso desse nome levou o Ministério Público Eleitoral a impugnar o candidato do Saulo Pignaton (PTB), esposo da ex-deputada e ex-prefeita de Ariquemes, Daniela Amorim, afastada da vida pública temporariamente pela Lei da Ficha Limpa. Saulo, empresário que também responde denúncias na Justiça por crimes ambientais e até falsidade ideológica, é um homem rico, segundo sua declaração de bens, sendo dono de inúmeros imóveis rurais. Na opinião do Ministério Público Eleitoral (MPE), a utilização do nome escolhido, ofende drasticamente os preceitos legais. O caso vai ser decidido pelo juizado eleitoral nos próximos dias.



Se não for barrada pela Justiça, a inovação de Saulo pode levar muita gente a utilizar a estratégia. A candidatura majoritária do PTB em Ariquemes tem como candidato a vice Edson Jorge Kér, que usará na urna o nome “Edson da Obra”,  Não se sabe de “Obra” é o nome da esposa de Edson...

Só sabem ler e escrever

Números contabilizados, são 4822 candidatos a prefeito e vereador em Rondônia, informavam os números do TSE na noite desta sexta-feira. Nos 52 municípios, 148 tentam a Prefeitura e 4.527 as 533 vagas nas câmaras municipais. Dado interessante é que há três candidatos sem instrução alguma. Informaram ao TRE de Rondônia que apenas sabem ler e escrever: Manoel Lopes de Oliveira (PSDB-Primavera), João Adalberto Testa (PMDB-Itapuã) e Miguel Sena Filho (PP-Guajará). Outros três candidatos a vice estão na mesma situação: Antônio José Batista (PT-Vale do Paraíso), Sebastião Rodrigues da Silva (PSDC- Costa Marques) e Oldeir Ferreira dos Santos (PSDC-Buritis). Situação pior é de Antônio Flor, um trabalhador rural do PC do B que concorre a vereador em Corumbiara. Ele disse que é analfabeto.

Resquícios do Batista

Está no juizado da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho a Ação Civil Pública impetrada pelo promotor João Francisco Afonso contra Luiz Augusto Bandeira, o secretário-adjunto de saúde, Orlando José de Souza Ramires e o Estado de Rondônia. A ação é referente a gestão compartilhada das UPAs. Em resumo: ainda no auge da roubalheira, em agosto de 2011, o ex-secretário José Batista da Silva, determinou a formalização de processo administrativo para contratação de instituição para gerenciar as UPAS. Sem licitação foi contratado o Instituto Brasileiro de Estudos e Projetos para Modernização da Administração Pública (IBMAP) por mais de R$ 1,2 milhão.

Tudo descoberto

A mamata foi descoberta a partir de investigações realizadas pelo MP e Tribunal de Contas, além do Conselho Regional de Farmácia, que fiscalizaram a implantação das Organizações Sociais de Saúde do Estado. A ação pede a saída de Luiz Augusto Bandeira, do setor responsável pela implantação da gestão compartilhada de unidades hospitalares.

Pagamentos realizados

O fato é que o tal Instituto Brasileiro de Estudos e Projetos para Modernização da Administração Pública já recebeu recursos públicos, especificamente no mês de maio, quando a Secretaria de Saúde mandou pagar R$ 104.000 por serviços de consultoria técnica, “relativos ao modelo de gestão compartilhada”.

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