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Transposição: Trem da tristeza
Domingo, 30 Março de 2014 - 11:29 | Carlos Terceiro
Esse colunista foi o único jornalista a participar da reunião sobre a transposição de servidores no Palácio do Planalto juntamente com o Manoelzinho, presidente do Sintero. Os demais sindicalistas ficaram do lado de fora, indignados. Pude assistir a uma audiência que tinha tudo para ser uma boa notícia, mas, se fizermos uma análise mais profunda, pode ser a maior decepção dos servidores públicos estaduais de Rondônia, ávidos por transpor aos quadros da União.
Trem da tristeza II
Trem da tristeza III
Trem da tristeza III
Se esses servidores não puderem ser enquadrados no plano federal pelos mais absurdos argumentos jurídicos, menos os 1.200 que terão que ser diligenciados pelo Estado, resta apenas os 32 e os 500 que serão analisados pelo Ministério do Planejamento em grupos de 100 processos por semana. Se tudo der certo, pelo menos o governo federal poderá dizer que 532 servidores serão transpostos e ponto final. Conselho de um amigo: entrem na Justiça que até 1991 vocês vão conseguir enfiar na conta da União. Tenho dito.
Sindicalistas reagem
Na reunião realizada na última quinta-feira no Ministério do Planejamento com o Secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça e técnicos do MP, Manoelzinho (Sintero), Caio Marin (Sindsaúde) e Jales Moreira (Sinsepol), solicitaram que os 1.200 termos de opção não fosse enviados a Rondônia para sanear algumas questões relacionadas a documentação. Para eles, basta o Planejamento apontar quais documentos estão faltando que será prontamente providenciado.
Perda de tempo
A AGU só tem advogado preparado e essa história de enviar consulta ao TCU não está me cheirando bem. Com tanta gente competente naquele órgão ainda não chegaram a uma conclusão jurídica sobre os demitidos, temporários e os contratados por prazo determinado e indeterminado. Amir Lando disse que vai na segunda-feira fazer uma consulta prévia com os ministros do TCU. Para ele, a norma constitucional é clara.
Judicialização
Se continuar a enrolação, os servidores devem procurar grandes bancas de advogados para ingressar na Justiça. Os policiais do ex-Território já ganharam uma ação e vão ser enquadrados como servidores federais. Agora, aguentar o ministro chefe da AGU dizer que está com medo da mídia acusa-lo de patrocinar trem da alegria, é uma piada. O trem por enquanto é da tristeza e são poucos os passageiros que chegarão no destino desejado: a transposição...