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Mosquini defende permanência de produtores ameaçados pelo Estado

Quinta-feira, 24 Abril de 2025 - 12:15 | da Assessoria


Mosquini defende permanência de produtores ameaçados pelo Estado

Em pronunciamento, o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB) voltou a defender os produtores rurais ameaçados de expulsão de locais considerados de proteção ambiental, embora estejam cultivando a terra e manejando suas criações há décadas. As famílias, segundo ele, estão vivendo um clima de insegurança jurídica e institucional.

Mosquini citou comunidades como Minas 9, em Buritis; Rio Pardo, na região de Porto Velho; e Soldado da Borracha, em Cujubim, onde milhares de pessoas vivem atualmente. Segundo ele, essas ocupações não são meras invasões, mas resultado de um processo histórico de colonização incentivado pelo próprio Estado brasileiro.

"Meu mandato é em defesa dos produtores rurais. Nossos amigos produtores estão sofrendo e a minha função é dar voz a eles. Não estou medindo esforços para isso, junto ao Ministério Público e a todos os órgãos responsáveis", declarou.

O deputado argumentou que o próprio poder público incentivou e legitimou a ocupação dessas áreas ao longo dos anos. “O Estado abriu estrada, construiu ponte, levou ônibus escolar, instalou posto de saúde, cadastrou famílias no Luz para Todos, no Pronaf, e agora quer simplesmente tirar essas pessoas de lá como se não houvesse nenhuma responsabilidade institucional sobre isso. Não estou dizendo que está certo, mas é preciso olhar para o contexto e para a vida dessas pessoas”, afirmou.

Mosquini destacou ainda os impactos sociais e econômicos da retirada das famílias. Segundo ele, há mais de 5 mil pessoas vivendo nessas comunidades, entre elas idosos, crianças e trabalhadores rurais. “Temos mais de mil crianças, 700 idosos com mais de 80 anos, cerca de 500 mil cabeças de gado e 1.200 casas habitadas por famílias inteiras. Vamos tirar todos e levar para onde? É preciso responsabilidade e planejamento”, completou.

Ao encerrar sua fala, o deputado foi enfático: “Alguém tem que gritar, alguém tem que defender o produtor. Porque a mão pesada do Estado é muito forte. É preciso equilíbrio e sensibilidade para lidar com essa situação”.

A atuação do parlamentar segue voltada ao diálogo com o Ministério Público, órgãos ambientais e representantes do Executivo, com o objetivo de encontrar soluções que respeitem os direitos adquiridos, promovam segurança jurídica e garantam a dignidade das famílias envolvidas.

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