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A população portovelhense precisa aprender a valorizar os 250.000 votos que possui

Sábado, 10 Abril de 2010 - 11:43 | Walmir Miranda


É verdade. A população de Porto Velho, o mais importante dos 52 municípios de Rondônia precisa aprender a valorizar os mais de 250.000 votos que possui, e que estão devidamente cadastrados no Tribunal Regional Eleitoral.

É o caso até de se dizer que, se a Capital sofre pelo descaso por parte do poder público, os seus habitantes são os maiores responsáveis por isso, vez que, quando chegam às eleições majoritárias se “deixam contaminar” pelos pregadores de falsas promessas, pelos politiqueiros de plantão, principalmente aqueles que são oriundos do interior do Estado, que prometem “mundos e fundos” – se eleitos forem – e, depois que ganham dão uma banana para os portovelhenses.

Pior: posteriormente, quando da elaboração dos orçamentos anuais do Estado, pela Assembléia Legislativa, destinam mais de 90% das verbas para as cidades e municípios do interior.


É essa a dura realidade. Cidadãos e cidadãs portovelhenses acordem! Abram os olhos! Assumam que, se a Capital sofre os dramas e as dificuldades que aí estão é por culpa dos senhores mesmo, que quando das eleições majoritárias votam em gente que não possui vínculos maiores com o município de Porto Velho.

Entretanto, para mudar essa situação, os portovelhenses precisarão mudar seus conceitos e demonstrar nas urnas que realmente amam de verdade o seu município. Ao invés de ficarem fazendo papel de bobos e colocando no poder políticos que pouco ou nada sabem sobre Porto Velho e as necessidades de sua população.

É só ver a situação em que a Capital se encontra para perceber que estamos falando a verdade. Embora agora muita gente vá ficar “fazendo beicinhos” contra a nossa coragem de “ferir” tão importante assunto.  Porém, esse é o papel da imprensa. Portanto, estamos fazendo a nossa pequena parte na defesa dos interesses maiores de nosso município.

Vale lembrar que fazer uma escolha errada, numa eleição, significa correr o risco de passar quatro anos de arrependimento e sofrimento.  E quem gosta de arrumar sofrimento pra si é masoquista.
É só verificar, por exemplo, que: 8 X 15.000 é igual a 120.000 (cento e vinte mil votos). Sobrariam, portanto, mais de 130.000 votos para aqueles políticos dos demais municípios rondonienses “garimparem”, sob a promessa de aqui instalarem “Casas de Apoio”, “Casas de Recuperação de Pessoas Doentes”, “Casas de Trânsito”, que também são responsáveis pelas superlotações de hospitais, pronto-socorros, policlínicas, dentre outros logradouros públicos do Estado ou do município de Porto Velho.

Se essa situação se inverter, através das eleições, a Capital poderá assegurar para benefício de sua própria população até um terço (1/3) das 24 cadeiras da Assembléia Legislativa. Porém, isso não tem acontecido e o resultado é o quadro caótico que se registra ante os olhos atônitos dos portovelhenses, que têm de conviver com uma cidade cheia de ruas esburacadas, sinalização de trânsito precária, ausência de mais vias asfaltadas e sem boa urbanização, sem calçadas, sem meio-fios, sem árvores ornamentais bem cuidadas, sem jardins ou canteiros gramados, sem saneamento básico, e principalmente precisando de mais escolas, mais postos de saúde, um hospital municipal, e tantas outras coisas.

Será que é tão difícil fazer uma análise sobre isso?

Será que é tão difícil fazer essa conta e descobrir que, se os parlamentares estaduais têm feito tão pouco por Porto Velho é exclusivamente por culpa e falta de raciocínio lógico de seus mais de 250.000 eleitores, e principalmente, de sua população que beira os 450.000 habitantes?

É hora, portanto, de todos os eleitores de Porto Velho mostrar que tem vergonha na cara. E mais que isso, fazerem valer os seus direitos através do poder e da força de votos que a Capital possui.

Chega do eleitorado portovelhense ficar servindo de “massa de manobra” para políticos do interior rondoniense que, depois do resultado das urnas simplesmente somem, desaparecem, como que por um “passe de mágica”. Na verdade, após eleitos, eles retornam aos seus “currais eleitorais” no interior do Estado. Enquanto a Capital fica entregue à sua própria sorte com os seus incontáveis problemas.

Tem mais: a maioria dos políticos do interior, quando procurada em seus gabinetes na Assembléia Legislativa sequer conhecem as pessoas da Capital. Porque nos seus gabinetes (salvo raras exceções), as pessoas que ali trabalham, não conhecem de perto os portovelhenses que, só são “paparicados” antes das eleições, porém, depois delas são inteiramente desprezados, ou então têm de ficar “mendigando favores” da parte de quem finge não os conhecer. Mas, aí é tarde demais, pois os “caras” já estão eleitos, restando apenas “chorar sobre o leite derramado”.

Isso, nas últimas eleições majoritárias, se tornou uma dolorida verdade. Sabe-se de inúmeros exemplos de fatos dessa natureza.

Porém, nunca é tarde para se corrigir um erro. Tomar uma nova e correta direção. Por isso, os portovelhenses de boa cepa terão em outubro próximo, a oportunidade de reverterem o quadro caótico em que a Capital se encontra, por falta de força política de seus representantes locais junto aos poderes executivos: municipal e estadual. Sobre modo, no que diz respeito à destinação das verbas dos Orçamentos Anuais do Estado, porque não dá mais para se admitir tamanho descaso com o município de Porto Velho, cuja população, como já dissemos, beira os 500.000 habitantes espalhados por mais de 100 (cem) bairros, além de mais de uma dezena de Distritos Municipais, sendo que alguns distritos situam-se acerca de 300 (trezentos) quilômetros de distância.

Cabe lembrar que Porto Velho é o coração político e administrativo do Estado de Rondônia. Por isso mesmo tem de receber tratamento diferenciado por parte dos canais competentes. Sua população não pode continuar a viver das “migalhas” que os “ninchos políticos” interioranos deixam cair de suas mesas fartas.  Chega disso. Isso precisa acabar. A hora é agora, nas eleições de outubro vindouro.

É hora, portanto, dos eleitores da Capital, dentro do princípio democrático que se respira no Brasil, fazerem essa tomada de decisão, ou seja: VOTAR EM GENTE DE PORTO VELHO. Gente que possa ser encontrada e cobrada em seus gabinetes ou até mesmo em suas residências. Gente que conheça os seus munícipes, os seus eleitores. Sobre modo, que conheça os problemas da Capital.

Tem muita gente de valor na Capital que merece uma oportunidade. Gente de ficha limpa. Gente com larga folha de bons serviços prestados à comunidade. Gente com preparo educacional e profissional capaz de exercer um mandato parlamentar voltado para o bem estar coletivo. Gente que os portovelhenses conheçam e saibam, verdadeiramente, quem são os seus representantes na Assembléia Legislativa. Gente que mais tarde não vá lhes dá “chá de cadeira” nos gabinetes do Legislativo Estadual. Gente que lhes possa estender à mão e entender o porquê de se buscar à elaboração de projetos e verbas para erradicar os bolsões de pobreza que estão se formando na Capital rondoniense.

É hora, portanto, do eleitorado portovelhense fazer valer à sua densidade eleitoral, e também utilizar o mesmo comportamento que as populações interioranas utilizam (nas eleições), em relação aos CANDIDATOS DA CAPITAL, quando estes vão pedir votos no interior, ou seja: votar em quem se conhece, e não em desconhecidos, que só aparecem em nossos bairros nos períodos eleitorais, para depois esquecerem das promessas feitas antes do resultado final das urnas.

Se os eleitores do interior rondoniense agem assim, os portovelhenses podem e devem fazer o mesmo, também. Chega de a Capital ficar sendo dominada pelos municípios do interior rondoniense. Isso não faz mais sentido algum.

Esse, se nos parece ser o único e mais curto caminho para as coisas se inverterem em relação ao município de Porto Velho, que carece de praticamente tudo. Também, porque o que mais se escuta é que, NÃO EXISTEM RECURSOS PARA ATENDER TODAS AS DEMANDAS DA POPULAÇÃO portovelhense.

Isso é conversa pra boi dormir. Se a Capital tiver peso político no legislativo estadual e na Câmara Federal os recursos irão aparecer e as soluções serão encontradas. É assim em qualquer país de regime democrático e de um Estado de Direito como o Brasil.

E, por favor, senhores interioranos, não pensem que este artigo é algo sedimentado no bairrismo puro e simples. Não é isso, não.

Trata-se de abordar com clareza, em alto e bom tom, que é hora de se parar de brincar com o poder eleitoral da população de Porto Velho. Pois assim como os senhores “rejeitam” os candidatos da Capital, é hora do eleitorado da Capital “rejeitar” os políticos e os politiqueiros do interior, para em assim sendo, haver um equilíbrio de forças capazes de fazer com que o município de Porto Velho tenha no cenário político rondoniense o lugar que realmente merece.

Porém, enfatizamos que, isso só irá acontecer um dia, se os portovelhenses acordarem do pesadelo que aí está, e se unirem. E fundamentalmente entenderem que VOTANDO EM POLÍTICOS DO INTERIOR só estarão desprezando o município onde estão, onde residem, onde vivem, onde trabalham e lutam para dar sustento decente às suas famílias. Apenas isso.

E que, os candidatos do interior façam o mesmo em seus “currais eleitorais”. Aliás, isso eles já fazem há muito tempo.

É só ver quantos deputados estaduais são de Porto Velho (com raízes autênticas daqui). É só ver quantos parlamentares da Capital estão na Câmara Federal.

Dos 08 (oito) deputados federais Porto Velho deveria ter no mínimo 04 (quatro), porém, só tem 02 (dois), Mauro Nazif (PSB) e Valverde (PT).

Se não, vejamos: Amorim e Moreira Mendes (Ariquemes), Natan Donadon (Vilhena), Marinha Raupp e Anselmo de Jesus (região central do Estado), Lindomar Garçom (Candeias).

Enquanto isso, no Senado Federal, das três (03) cadeiras da bancada rondoniense, a Capital tem apenas uma (01), Fátima Cleide (PT), vez que, Acir Gurgacz e Valdir Raupp, possuem domicílios eleitorais no interior do Estado.
É essa a dura realidade. Cidadãos e cidadãs portovelhenses acordem! Abram os olhos! Assumam que, se a Capital sofre os dramas e as dificuldades que aí estão é por culpa dos senhores mesmo, que quando das eleições majoritárias votam em gente que não possui vínculos maiores com o município de Porto Velho.

Entretanto, para mudar essa situação, os portovelhenses precisarão mudar seus conceitos e demonstrar nas urnas que realmente amam de verdade o seu município. Ao invés de ficarem fazendo papel de bobos e colocando no poder políticos que pouco ou nada sabem sobre Porto Velho e as necessidades de sua população.

É só ver a situação em que a Capital se encontra para perceber que estamos falando a verdade. Embora agora muita gente vá ficar “fazendo beicinhos” contra a nossa coragem de “ferir” tão importante assunto.  Porém, esse é o papel da imprensa. Portanto, estamos fazendo a nossa pequena parte na defesa dos interesses maiores de nosso município.

Vale lembrar que fazer uma escolha errada, numa eleição, significa correr o risco de passar quatro anos de arrependimento e sofrimento.  E quem gosta de arrumar sofrimento pra si é masoquista.
Voltaremos ao assunto. Aguardem!

CASO CRUZEIRO: VERGONHA E DESMORALIZAÇÃO

Mais uma vez o falido futebol profissional rondoniense está nas manchetes da imprensa estadual e nacional, porém, de forma negativa. Isso está ocorrendo por obra e graça da insensibilidade e incompetência de dirigentes, que teimam em viver a custa de clubes que não possuem a mínima organização e estrutura administrativa e financeira, como deveria ocorrer para a existência de um time de futebol profissional.

Destarte considerar que, isso deveria ocorre em termos de um futebol profissional organizado, patrocinado pelo empresariado e apoiado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E, principalmente, pela Federação de Futebol do Estado de Rondônia.

Porém, o retrato que temos é de um futebol fraco, sem perspectivas alvissareiras, onde jogadores “profissionais” tentam sobreviver com salários que raramente superam R$ 530,00 por mês, para sustentar família e pagar aluguel. Quer dizer, desse jeito o futebol profissional praticado em Rondônia é mesmo uma grande piada. Mas apesar desse quadro dantesco, tem gente tirando proveito próprio disso, ganhando grana e desfrutando de benesses.
Por sua vez, a Federação vai sobrevivendo com os repasses mensais da CBF, sem que se saiba, abertamente, qual é o montante dos mesmos. A grana é para a manutenção da FFER. E, possivelmente, para o apoio logístico daqueles clubes pequenos, sem torcida, sem quadro social, sem sede, sem nada. Mas que continuam teimando em existir no malfadado futebol profissional rondoniense, onde principalmente os clubes da Capital são autênticos “sacos de pancadas” nas competições de caráter nacional.

Essa realidade está espelhada na situação vergonhosa que ora passa o Cruzeiro Esporte Clube. O mesmo Cruzeiro que na época do nosso FUTEBOL AMADOR figurava entre os seis melhores times de Porto Velho. Naquela época, o clube concentrava em hotéis e outros locais, com conforto, boa alimentação, cuidados médicos e transporte para os atletas e seus dirigentes. Lembram? Pois é.

Jamais, outrora, atletas do Cruzeiro foram “largados” debaixo das arquibancadas do Estádio Aluízio Ferreira, dormindo praticamente no chão, sem as mínimas condições de serem chamados “jogadores de futebol profissional”.

Entretanto, com o advento do “futebol profissional”, o que se passou a ver foram resultados vergonhosos para o Estado de Rondônia. Nossos clubes vivem sofrendo goleadas desmoralizantes. Mesmo assim, as coisas continuam como antes no “Quartel de Abrantes”, sob a complacência da Federação de Futebol, cujo presidente já deve estar com a “bunda” grudada na cadeira há uns 20 (vinte) anos. Se não for mais.

Também se comenta que esse presidente seria um dos supostos motivos pelo afastamento de clubes grandes como Ferroviário, Ypiranga, Flamengo e Botafogo, do futebol na Capital.

Curiosamente, esses clubes, que possuem quadros com centenas de associados, patrimônios imobiliários consideráveis (sedes próprias e estabelecimentos para aluguéis), além de administradores formados e especializados, “deixaram de prestigiar” o arremedo de futebol profissional que aí está.

O que se sabe, sobejamente, é que existem alguns clubes participando do Campeonato Profissional cujos quadros de associados, sedes próprias e outros tipos de patrimônio resume-se a uma “pastinha debaixo do suvaco” de seus dirigentes.

Porém, os seus presidentes pensam que são “bicho de goiaba”, e continuam a fazer um suposto “jogo de interesses” da presidência da Federação, que pelo visto, pretende se eternizar no cargo.
Trágica realidade.

Como se fosse pouco, à presidência do Cruzeiro está sendo instada pela Justiça do Trabalho a pagar os direitos trabalhistas de alguns atletas que não mais querem mais permanecer no clube, assim como, decidiram retornar aos seus estados de origem. A Justiça Trabalhista constatou as condições humilhantes que o clube lhes estava oferecendo na “mansão de dez estrelas” disponibilizada embaixo das arquibancadas do “Aluizão”. Aliás, nem mesmo a seleção brasileira jamais desfrutou de tanto “luxo e conforto”.

E como que, para fazer a comunidade “morrer de rir”, o presidente do Cruzeiro declarou à imprensa que as autoridades trabalhistas que se posicionaram sobre o grave problema “desconhecem à Lei Pelé”.

O assunto está na “pauta do dia” de vários órgãos de imprensa, dentro e fora de Rondônia.

Talvez a partir de agora, outras denúncias venham a ser feitas por jogadores de futebol profissional, e alguns dirigentes possam vir a ter também sérios problemas com a Justiça do Trabalho. O primeiro passo já foi dado.
Com relação a FFER, cabe a esta, publicar o quanto antes, os seus balancetes para dar transparência e visibilidade aos clubes, aos amantes do futebol e a população, informando sobre quanto a CBF envia mensalmente para ajudar na manutenção da “casa”, assim como, para pagar os salários de seus funcionários e dirigentes, alguns dos quais (segundo se comenta) ganhariam mais de R$ 3.000,00 por mês.

Aliás, não se sabe, mas é de bom alvitre indagar: de quanto seria a verba de representação destinada ao presidente da FFER pela CBF? E em quais situações ele poderia usufruir dessa benesse (se é que ela existe)?
E ainda: de que forma e até quanto a FFER poderia auxiliar, financeiramente, os clubes que estão em situação miserável, no combalido futebol profissional rondoniense?

Talvez tenha sido por essas e outras que o jornalista AFONSO LOCKS, editor do Jornal Correio de Notícias, e do site www.correiodenoticias.net, de Vilhena, largou o “cacete” na federação e seus dirigentes. Fez isso de forma altiva e responsável assinando o que escreveu para toda a população tomar conhecimento.
Detalhe: segundo estamos informados, a coisa vai ficar pior, porque já se comenta sobre a possibilidade de se fazer um movimento com o objetivo de mudar a diretoria da FFER.

Como diz o adágio popular: fumaça é sinal de fogo.
Vamos ficar atentos ao assunto, para também opinarmos sobre o mesmo. Lembrando que, eterno, somente Deus é e será. O resto é pó e ao pó retornará. É o que está escrito no Livro Santo.

ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
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