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Confúcio se estressa com chá de cadeira tomado por secretária em órgãos estaduais
Segunda-feira, 13 Junho de 2011 - 08:51 | Dimas Ferreira
CUIDADO COM ELA!
Dias atrás, o governador Confúcio Moura subiu nas tamancas, durante uma reunião no auditório do Tribunal de Contas, na capital. O mandatário se estressou ao ser informado que sua secretária pessoal, Vilma Alves dos Santos, estava tomando “chá de cadeira” em secretarias estaduais. Em tom acima do que é acostumado a se pronunciar, o carequinha saiu em defesa da servidora, que cuida de sua imagem (e até de sua saúde) há 18 anos: “Essa moça franzininha aqui é o Confúcio de saias, estão entendendo? Que ela não seja mais ignorada nas repartições do meu governo...”.
MOVIDO A ETANOL
É grande a preocupação de aliados e até de adversários com o estado de espírito do ex-prefeito de Pimenteiras, Zé Horn (PTB), afastado do cargo por improbidade administrativa. Andando de bicicleta pelas ruas da menor cidade do Cone Sul, o sem-mandato passa o dia na manguaça e, quando fala, demonstra rancor de Vino Dondé, que o substituiu no cargo. A preocupação faz sentido: birita e mágoa quase sempre acabam em tragédia.
TRUCO!!!
Em recente reunião com aliados, o prefeito Zé Rover (PP) falava da necessidade de abrir espaço em sua administração para atrair vários partidos e, assim, faturar a reeleição. Lá pelas tantas da conversa, o mandatário anunciou que, para agradar ao PV, entregaria a Secretaria de Trânsito a Carlinhos Goebel, irmão do deputado Luizinho, expoente da legenda. Foi quando um militante ergueu a mão e lembrou a Rover que Carlinhos é filiado ao PDT, apesar do sobrenome. Não teve como disfarçar a cara de tacho...
MELKI E VERA?
Aliados do ex-prefeito Melki Donadon (PHS) estão quase conseguindo convencê-lo a convidar a advogada Vera Paixão (PSB) para ser vice em sua chapa, no ano que vem. Caso decida encarar a empreitada, o humanista terá que atravessar dois obstáculos: convencer a causídica a aceitar a aliança, já que ela também pretende entrar na briga, e amansar o ex-deputado Nilton Schramm, marido da cobiçada aliada e desafeto juramentado dos Donadon. A terceira barreira a ser transposta por Melki é registrar sua candidatura, já que enfrenta encrencas de toda espécie na justiça.
ACORDOU?
Após quase três anos da mais completa pasmaceira, o prefeito de Chupinguaia, Vanderlei Palhari (PMDB), eleito com votação consagradora em 2008, parece que engatou a primeira para tentar permanecer no cargo. Além de começar a cooptar antigos aliados que andavam insatisfeitos, o mandatário pouca-telha deu agora para mostrar sua fama de “pegador”. Vira e mexe, Palhari é visto em companhia de turbinadas moçoilas, o que deve atenuar as insinuações de adversários (maldosas, aliás), de que seria um rapaz, digamos assim, desinteressado pelo assunto.
GUERRA DOS PINCÉIS
Militante histórico do PSDB, o agitado Júnior Pintor vai ter problemas para registrar sua candidatura a vereador no ano que vem. Um colega de profissão do rapaz já adiantou que entrará na justiça para que ele fique impedido de usar o apelido que o consagrou. Também postulante a uma vaga na Câmara pelo PV, Isomar Pintor garante que Júnior não segura mais na brocha e não passa de um empreiteiro. Não faz sentido, portanto, segundo o denunciante, deixá-lo levar o ofício no sobrenome e na urna eletrônica.
SE A CANOA NÃO VIRAR...
Em visita à cidade de Pimenteiras, pequena localidade do Cone Sul fincada às margens do majestoso Guaporé, o jornalista Vítor Paniágua e o superintendente de Turismo, Júlio Olivar tomaram um susto ao atravessarem de barco um trecho do rio. No meio do trajeto, o motor do veículo deu prego e foi tanto agito que, por muito pouco, a dupla não foi parar dentro d’água. Testemunhas do ocorrido dizem que o escriba, assessor do deputado Luizinho Goebel (PV), no susto, soltou um gritinho suspeito.
FORA DO AR
Vai ser decidida na justiça a briga entre o empresário Adenilson Magalhães e a ex-deputada federal Rita Furtado, dona do sistema Meridional de Comunicação em Vilhena e Colorado. Ex-funcionário do grupo, Magalhães era arrendatário das emissoras em ambas as cidades, mas findo o contrato, Rita não quis renovar e preferiu entregar os veículos ao empresário Reinaldo Selhorst. Ainda não vieram à luz os motivos da discórdia, mas na imprensa regional já começaram a pipocar denúncias envolvendo a ex-parlamentar. A principal dá conta de que a rádio de Vilhena estaria em nome de “laranjas”. Isso vai longe...
AVANTE, COMPANHEIROS
Mas nem só de desavenças vive a imprensa local. Três dos comunicadores mais atuantes da cidade vão travar batalhas em outra seara: a política. Esteban Vera, do site Extra de Rondônia, França Silva, da Onda Sul FM e Pastor Francis Godói, apresentador do “Vilhena em Verdade” (SBT) vão tentar conquistar uma cadeira na Câmara, no ano que vem. Este escriba também foi convidado a concorrer, mas declinou da gentileza por certeza absoluta de que jamais conseguiria passar de míseros 14 sufrágios. A conta, obviamente, só bate se não brigar com a sogra e os cunhados.
HOJE TEM GOIABADA?
Amigos deste escrevinhador começaram a lhe aporrinhar desde que o site RONDONIAGORA, onde a coluna é reproduzida, resolveu mudar sua foto no espaço virtual. Paramentado com o traje de gala da Academia Vilhenense de Letras, tenho que admitir: estou mesmo muito parecido com um daqueles domadores de leão de circo.
ACONTECEU
CASSOL X CONFÚCIO: QUAL ESTILO AGRADA O POVO?
Na semana passada, dois empresários vilhenenses (um, aliado de Cassol e o outro, partidário de Confúcio), discutiam defeitos e qualidades de seus respectivos líderes. O segundo, estressado e boquirroto, diferente do atual governador, atacava Cassol, enquanto argumentava:
- Aquilo não é político, é uma patrola... O Confúcio não: é um gentleman...
O outro, ponderado e de fala mansa, o oposto do “homem do chapéu”, respondeu calmamente:
- Acontece, meu amigo, que o povo gosta de quem tem pulso e não de “educadinho”...
E lembrou um episódio envolvendo o truculento cacique baiano Antônio Carlos Magalhães (DEM), derrotado de forma humilhante pelo pacato peemedebista Valdir Pires no pleito de 1986. De acordo com o “cassolista”, antes da disputa, os muros da Bahia amanheceram com a seguinte pichação: “Tem que ter delicadeza, fora Malvadeza!”. Conhecido como “Toninho Malvadeza”, por causa de sua suposta mania de massacrar adversários, ACM engoliu o recado, mas um ano depois, deu o troco. Seu algoz mal havia esquentado a cadeira de governador e já tinha pichação nova nos muros: “Chega de Moleza, queremos Malvadeza!”.
Ou seja, pelo raciocínio do sujeito, Confúcio, apesar de honesto, polido e bem intencionado, vai acabar provocando no povo saudades do adversário casca grossa. Quem viver verá qual dos dois vilhenenses tem razão.