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Do Rio, governador eleito faz cobranças sobre a transição

Terça-feira, 04 Dezembro de 2018 - 10:47 | por Sérgio Pires


Do Rio, governador eleito faz cobranças sobre a transição

Férias? Só em parte. Na verdade, o governador eleito de Rondônia permanece no Rio de Janeiro até 12 deste dezembro – quarta-feira da próxima semana – mas está longe de ficar apenas descansando. Pelo menos do anoitecer até tarde da noite, Marcos Rocha fica no telefone, conversando com importantes membros da sua equipe, que hoje fazem parte da turma da transição. Quer saber mais detalhes, questiona sobre todas as questões mais importantes discutidas, durante o dia, no oitavo andar do Palácio Rio Madeira/CPA, onde atua o grupo da transição. Toma decisões, dá ordens, pede novos informes, esmiúça questões das quais quer ter pormenores. Os poucos dias em que está afastado de Rondônia, de jeito algum significam um distanciamento das questões do futuro governo. Diariamente, Rocha tem exigido relatórios detalhados sobre as questões que considera importantes. Ao mesmo tempo, vai montando sua equipe de governo, na sua cabeça, sem dar qualquer informação segura sobre ela. Um importante assessor do futuro Governador disse à coluna, nessa semana: “ninguém tem certeza sobre nenhum nome. Está tudo na cabeça dele (do Coronel) e ele não fala nada. Alguns poucos nomes já saíram na mídia. Mas os próximos a Marcos Rocha dizem que haverá grandes surpresas na relação final do secretariado. Esperemos para ver. Dia 18 ele deve anunciar seu time completo.

Quando for às compras, a Polícia não vai proteger você. mas ela sabe dar cada conselho!!!

Parece uma mentira absurda, mas não é: houve tempo em que a polícia combatia os criminosos, os prendia, os jogava na cadeia e não precisava ser julgada por ninguém e nem era tratada como criminosa. Polícia era polícia. Bandido era bandido. Quem tinha direitos humanos eram as pessoas decentes, trabalhadoras, que acordam de madrugada para lutar pela sobrevivência e não os canalhas que superlotam as cadeias e nelas vivem apenas para planejar todos os tipos de crimes contra nós, os pobres coitados. Parece mentira, mas houve uma época em que as pessoas podiam andar tranquilamente pelas ruas, inclusive nessa época de final de ano, sem que a polícia precisasse divulgar uma série de orientações e medidas para que os cidadãos comuns se protegessem. Porque, caso algum vagabundo andasse pela cidade assaltando, era ela, a polícia, quem o pegava, jogava dentro de um camburão e resolvia o problema. Quando começou a haver uma total inversão de valores, com os amigos dos bandidos sendo eleitos para fazer leis – a favor deles, criminosos e contra nós, cidadãos de bem – começou também nosso inferno astral. Agora, nessa época do ano, ao invés de policiar as ruas e nos livrar dos criminosos, a polícia produz...orientações. “Não ande com dinheiro na rua. Cuidado ao ir ao banco. Não estacione seu carro por muito tempo em lugar perigoso. Não use dinheiro nas compras, só cartão. Fique atento a todo o movimento ao seu redor, porque os criminosos estão de olho em você”. Ué, mas não é a polícia quem deveria estar de olho nos criminosos? Ou seja, nós, os que pagamos os impostos mais caros do mundo, com retorno quase zero, ainda temos que cuidar de nós mesmos?

Então, fique de olho! Cuidado com sua bolsa e com seu bolso. Cuidado com seu carro. Olho vivo ao andar pelas ruas, porque você pode ser atacado a qualquer momento, em plena luz do dia, por assaltantes de moto, seja no centro da cidade, seja nos bairros. Nunca, jamais, use celular no meio da rua, porque ele atrai assaltantes. Ah, tem mais! Se você estiver de carro e, por algum desses milagres que eventualmente recaem sobre o a humanidade, conseguir alguma vaga para estacionar, nos centros comerciais de rua, jamais esqueça de ligar o alarme do seu carro. Ou seja, os ladrões vão roubá-lo, mas pelo menos o alarme vai tocar. Neste contexto, veja só essa pérola de orientação: “ainda em relação ao uso de veículos, outra dica é: entrar, acionar o cinto de segurança, travar as portas, ligar o veículo e sair do local imediatamente. Não é nada prudente ficar no carro parado fazendo ligações telefônicas ou checando o whatsapp”. Enfim, se você for mesmo um grande idiota, uma espécie de débil mental e ainda assim quiser usar seu dinheiro, conquistado à muito trabalho e suor, para fazer suas compras de Natal, não esqueça de fazer um acordo com os ladrões. E siga direitinho as orientações da polícia. Ela não vai protegê-lo. Mas sabe dar cada conselho!!!

Posse entre bocejos e sono

Não é fácil ter um governo liderado por um militar, acostumado á caserna, a acordar cedo e começar as ações do dia antes mesmo do sol nascer. Aqui em Rondônia, já vamos sentir isso no primeiro dia do próximo governo, quando o Coronel Marcos Rocha assumir o comando do Estado. O 1º de janeiro é ainda um dia de festa. Ela começa ao anoitecer do 31 de dezembro e atravessa a noite e a madrugada. Muita festa pelo Ano Novo. Comida, bebida, dança, alegria, comemoração. Tudo isso para se receber o 2019 que vai chegar. Mas é bom lembrar, principalmente para quem vai acompanhar a troca de Governador, que esse ano tudo será diferente. Exatamente às oito e meia da manhã (isso mesmo, poucas horas depois de iniciado o novo ano, duas horas depois do sol nascer e ao mesmo tempo em que milhares de “festeiros” ainda nem chegaram em casa), começará a solenidade de posse de Rocha, no Teatro Palácio das Artes. Lá deverão estar pelo menos mil pessoas, das que gravitam em torno do poder e das que não querem perder um momento histórico como esse. Poxa, Coronel, não dá pra mudar esse horário da “madrugada” do primeiro do ano para o final da tarde, pelo menos? Não seria mais lógico e de bom senso? Começar um governo com grande parte dos convidados bocejando e quase caindo no sono, é mesmo o melhor jeito de abrir um novo governo? Ainda há tempo para mudar...

O fim da mamata e da corrupção

Grita geral. Desespero. Lágrimas. Pânico. Susto. Ranger de dentes. Tudo isso está acontecendo no meio daqueles que imaginavam que as coisas continuariam exatamente iguais como eram, quando Jair Bolsonaro assumir a Presidência. Há um clima de terror, por exemplo, pela decisão do Presidente eleito em fatiar o Ministério do Trabalho e acabar com um antro de corrupção, transformando-o em departamentos e tirando dele o poder de manter a República Sindicalista, que foi criada no governo de Getúlio Vargas e se tornou cada vez maior. Milhares de sindicatos foram criados, muitos deles ilegalmente, com cartas sindicais vendidas, surgindo entidades sem representatividade, que serviam apenas a meia dúzia de sindicalistas corruptos e de funcionários, dos que fazem qualquer negócio para ganharem uma grana da corrupção. Acabou a mamata. Espera-se que seja apenas o primeiro passo. O próximo, muito mais importante, muito mais profundo, muito mais patriótico, muito mais importante aos empresários e trabalhadores, será a extinção da Justiça do Trabalho, essa excrescência que causou prejuízos incalculáveis ao Brasil. É questão de tempo.

O trenzinho vai voltar

Quem disse que não daria certo? O prefeito Hildon Chaves autorizou, por enquanto num pequeno trecho, mas futuramente, numa extensão que pode chegar a cerca de sete quilômetros, a volta do trenzinho turístico na estrada de ferro Madeira Mamoré. Hildon, acompanhado da primeira dama, Dona Ieda e do vereador Aleks Palitot, um incentivador do projeto, percorreu trechos dos trilhos neste último domingo. Também fez parte do grupo José Bispo, presidente da Associação dos Ferroviários, que sonha em ver as locomotivas levando e trazendo turistas, do centro da cidade até a Igreja de Santo Antônio, como ocorria no passado. Tudo será feito com calma e segurança. Primeiro, está sendo feita a limpeza dos trilhos num trecho de dois quilômetros, que chegará até o Casarão dos Ingleses. Depois, outro 1 quilômetro e meio será liberado. Quando for encontrada uma solução para a reconstrução do trecho dos trilhos que foi destruído na enchente de 2014, será feita a ligação em toda a extensão, desde o novo complexo no centro da Capital, até Santo Antônio, como era no passado. Os primeiros passeios serão feitos com litorinas, mas no futuro, três locomotivas vão puxar os vagões. Em breve, mais novidades sobre o assunto.

O casal Rondon fica junto

Sessenta e nove anos depois da sua morte, dona Chiquita ainda tem poder de decidir sobre os restos do seu marido. Não se trata de uma história bizarra, mas sim de uma história de amor que atravessa os tempos. Dona Chiquita era esposa do Marechal Rondon e morreu nove anos antes dele. O marido, apaixonado, tinha exigido que fosse enterrado ao lado daquela a quem dedicou seu amor por toda a vida. Um dos maiores heróis brasileiros, o Marechal que deu o nome ao Estado de Rondônia está sepultado no Cemitério São João Batista, o mais famoso do Rio de Janeiro, que abriga os corpos de grandes brasileiros e alguns dos nossos maiores artistas de todos os tempos. O resumo da história é que os descendentes do Marechal decidiram que os restos mortais dele continuarão no mesmo lugar, ao lado do túmulo da sua esposa, como ele queria. Não autorizaram a mudança para um Memorial. Tanto o Mato Grosso, de onde ele era natural, quanto Rondônia, que queria homenageá-lo pela eternidade, com prédios especiais em sua memória, perderam a causa para o amor de um casal. Os dois – Cândido Rondon e Dona Chiquita – vão continuar juntos, para sempre. Mesmo depois de morto há tanto tempo, o casal ainda é exemplo, pelo amor que os uniu.

A população ajuda a piorar

Foram quase oito horas seguidas de uma chuva intensa. Toda a Porto Velho foi atingida em cheio, com um volume de água que raras vezes se viu na cidade, ao menos nos últimos anos, em tão pouco tempo. Algumas regiões foram atingidas em cheio, causando enormes danos. Alguns prejuízos foram maiores em áreas onde caíram raios, destruindo equipamentos e cortando o abastecimento de energia durante várias horas. Não foi um domingo comum para a Capital rondoniense. A água ainda não escoou normalmente, também pela ação da população. Muitos igarapés e valas que poderiam ter levado o aguaceiro, estavam entupidos com sujeira jogada pelos próprios moradores. Aliás, isso é comum. A Prefeitura dá duro, desobstrui esses igarapés numa semana e na outra eles estão, de novo, cheios de fogões velhos, pneus, sofás, materiais de todo o tipo. Já temos a praga das alagações, que certamente sofreremos por décadas. E temos a praga dos que, ao invés de ajudarem a diminuir o efeito das pesadas chuvas do nosso inverno, ainda não têm um pingo de respeito e de espírito de cidadania, entupindo nossos córregos e piorando ainda mais uma situação que já é terrível. Lamentável.

Perguntinha

Você acha que com a liberação de novas cartas sindicais nas mãos do ministro Sérgio Moro, algum desses malandros que vendiam autorização para novos sindicatos, terão coragem de continuar vivendo da corrupção?

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