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Eleições indiretas com qualquer candidato é um dos temas da coluna
Segunda-feira, 29 Junho de 2009 - 18:12 | RONDONIAGORA
Cima pra baixo
Se houver uma disputa interna, o histórico dos partidos dá ligeira vantagem ao grupo cassolista. Quem não lembra do golpe no antigo PFL do ex-senador Odacir Soares? José Bianco, Oscar Andrade e Silvernani Santos enxotaram o “raposão” das fileiras do pefelê e acabaram formando uma chapa forte para o Governo em 1.999. Esperto, Odacir tomou o PTB do empresário Chagas Neto. O próprio PP nas mãos do ex-deputado Carlinhos Camurça também foi tomado pelo ex-deputado Natanael Silva, que concorreu ao Governo pela sigla em 2003.
Dois pesos...
Vem de Caldas Novas (GO) um dos exemplos dos julgados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a perda do mandato eletivo por compra de votos e a convocação de eleições indiretas. Em 2007, 10 vereadores escolheram entre três candidatos o novo prefeito; e detalhe os concorrentes foram escolhidos em convenção partidária e nenhum era vereador. Depois do julgamento do governador do Tocantins, a mídia começou a especular sobre o possível sucessor do governador Cassol, caso seja julgada procedente a ação no TSE.
Movimentação
A história atiçou as lideranças e os políticos profissionais de Rondônia. Na Assembléia Legislativa, criou-se um movimento para impedir que pessoas sem um passado adequado não venha a ser aprovado pelo Parlamento. Mas quando se trata de política, tudo é possível...
Ganhando fôlego
Enquanto os adversários fazem até vodu, o governador Ivo Cassol (sem partido) está animado com a recepção do eleitorado no interior do Estado. No final de semana foi recebido com um desfile com dezenas de taxistas que estão brigando pela aprovação da lotação intermunicipal, o que prejudica as finanças da Eucatur, que detém o monopólio das linhas de ônibus. A exemplo dos mototaxistas, Cassol apóia o transporte alternativo. Na aba de Cassol, Tiziu Jidalias, Expedito Junior e o presidente da Assembléia, Neodi Carlos Oliveira.
Sem grana
É comum ouvir nas reuniões dos dirigentes do PMDB a reclamação generalizada por falta de dinheiro para campanha. Sueli Aragão diz que não tem caixa e pretende concorrer a eleição para Assembléia Legislativa. Confúcio Moura, apesar do entusiasmo, é outro que diz que não tem um “tostão” furado para concorrer ao Governo. Se Marinha Raupp não topar, a candidatura do PMDB ao Palácio Presidente Vargas deve sobrar para Melki Donadon, que nunca escondeu o que tem, ou ir a reboque do “novo” PT.
Desceu a lenha
O ex-prefeito de Porto Velho, Carlinhos Camurça (PMDB), não poupou críticas a gestão do prefeito Roberto Sobrinho (PT). Camurça até comparou os números das duas administrações. Enquanto tinha R$ 14 milhões para investimentos, segundo ele, Roberto só fala em R$ 600 milhões, mas Carlinhos diz que não vê esses recursos empregados no desenvolvimento da cidade. O ex-prefeito, que teve suas contas aprovados pelo Tribunal de Contas, quebrou um acordo de cavalheiros. Roberto, PT e Cia prometeram não tirar os “esqueletos do armário” da gestão passada. Mas depois do TCE aprovar todas as suas contas (6 anos de gestão), ele promete ir a imprensa e aumentar seu tom contra Roberto. E o mais grave é que Carlinhos é filiado ao mesmo partido do vice-prefeito que não manda em nada Emerson Castro.
Luta livre
Por falar na prefeitura, a coluna recebeu e-mail do jornalista Aldrin William denunciando a agressão do secretário Jair Ramires contra seu pai, jornalista Gessy Taborda, quando este se preparava para colocar uma placa protestando contra a terceira paralisação das obras da Avenida Caula. Diz o e-mail que Ramires ficou mais possesso ainda quando foi lembrado do caso das gramas.
Verba indenizatória
É no mínimo curioso o ramo da empresa com a razão social HITECH SERVIÇOS DE TELEINFORMÁTICA LTDA. Pelo nome imagina-se tratar de uma firma de prestação de serviços de informática (digitação, manutenção e até venda de computadores), mas não é. Pelo depósito feito a essa empresa pelo gabinete da senadora Fátima Cleide (PT-RO) a título da verba indenizatória, os recursos foram reembolsados a parlamentar por despesas de combustível, hospedagem e alimentação. A Nota Fiscal chegou ao valor de R$ 4.500,00.