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Eleito deve anunciar seu secretariado no próximo 18 de dezembro

Quinta-feira, 22 Novembro de 2018 - 09:57 | por Sérgio Pires


Eleito deve anunciar seu secretariado no próximo 18 de dezembro

Tudo é ainda muito Top Secret, como aqueles documentos com o carimbo vermelho, que a CIA americana usava nos anos da Guerra Fria. Não parece que estamos no século 21, onde a transparência das ações na vida pública tem que ser... públicas! Mas, aos poucos, vai se sabendo de algumas informações vindas dos bastidores da futura administração do Coronel Marcos Rocha, que assume o Governo do Estado no próximo 1º de Janeiro. Uma daquelas fontes muito confiáveis, próximas ao novo governante, sob juramento que não será divulgado seu nome, informou à coluna que o secretariado de Rocha será anunciado oficialmente por ele no próximo 18 de dezembro, uma terça-feira, numa entrevista coletiva à imprensa, em local e horário ainda indefinidos. Pelo menos é alguma coisa, já que todas as demais ações que estão sendo realizadas e decisões tomadas, têm sido tratadas, ao menos até agora, como absolutamente secretas. Nem num café da manhã em que participou como convidado, quando aceitou ser o paraninfo da nova turma de sargentos da Polícia Militar (a solenidade ocorrerá dia 20 de dezembro, dois dias depois do possível anúncio da sua equipe), Marcos Rocha deixou transparecer qualquer detalhe dos seus planos. O comandante da PM, coronel Mauro Ronaldo, esteve presente ao evento. Ele, que tem uma relação profissional e pessoal muito próxima do novo Governador, estaria cotado para permanecer no comando da tropa, mas nem isso foi ainda confirmado por Rocha.

Assim como seu guru Jair Bolsonaro tem mudado de planos, o Coronel Rocha parece que também pode seguir o mesmo caminho, ao menos em relação à sua equipe. No primeiro escalão, ao que tudo indica, ele não modificará sua posição de trocar todos os secretários e principais assessores, não utilizando nenhum nome do governo que se encerra em 31 de dezembro. Mas já há conversas que em relação às áreas mais profissionais; às gerências técnicas e em setores onde os resultados têm sido muito positivos, ao menos num primeiro momento, a tendência é de que todos sejam mantidos, não importa qual a origem partidária ou de onde tenha partido a indicação. Aí estaria ocorrendo a mudança, porque, num primeiro momento, a decisão seria de não utilizar ninguém que já esteja ocupando algum cargo de confiança, sem exceção. Os primeiros nomes que apareceram na mídia como possíveis membros do primeiro time de Rocha (Fernando Máximo para a Saúde; Evandro Padovani, para a Agricultura, Júnior Gonçalves para a Comunicação e Elias Rezende de Oliveira, para a Casa Civil ou Segurança Pública), continuam em alta, mas até agora não foram confirmados. Podem ser no dia 18, quando o novo Governador deve oficializar a relação dos seus assessores.

João, o escanteado

João Cipriano Nascimento é membro de primeira hora do PSL. Aderiu desde o primeiro segundo à campanha de Jair Bolsonaro, quando ele ainda era apenas pré candidato à Presidência, João se entregou de corpo e alma à batalha no Estado, não só por Bolsonaro, como também para que o partido tivesse um candidato próprio ao Governo do Estado, mesmo quando as chances de chegar lá eram menos que zero, se isso fosse possível... Foi na casa dele (na rua Pinheiro Machado, em Porto Velho, até hoje a sede do partido) que se reuniu um grupo que acabou sendo muito conhecido em Rondônia, como Marcos Rocha (eleito Governador); o empresário Jaime Bagattoli (mais de 212 mil votos e quase eleito ao Senado) e o hoje vice governador eleito, Zé Jodan, além do único deputado estadual do partido eleito, Eyder Brasil, para tomar as decisões que montaram o time do PSL que saiu dali para uma estrondosa vitória nas urnas. Onde está Cipriano hoje? Em casa, isolado e sem participação alguma nem na equipe de transição ou no futuro governo que ele ajudou a eleger. E esperando, até agora, um telefonema do governador eleito, Marcos Rocha, para chamá-lo ou ao menos para agradecer o apoio. Zero. O que será que aconteceu? Publicamente, ninguém fala no assunto.

Daniel no Sebrae até 2021

A coluna publicou em primeira mão, em meados deste mês. Tudo se confirmou. O governador Daniel Pereira foi eleito, com todos os 13 votos possíveis, como o novo superintendente do Sebrae no Estado. Ele deve assumir o posto entre duas a três semanas depois e deixar o Governo, em meados de janeiro do ano que vem. Substituirá no posto ao economista Waldemar Camata Júnior, que realizou um mandato de três anos recheado de realizações. O presidente da Federação da Agricultura Hélio Dias, foi o escolhido para comandar o Conselho Fiscal da entidade. Carlos Berti Niemeyer foi reeleito para a Diretoria Administrativa Financeira, assim como Samuel Silva de Almeida o foi como Diretor Técnico. Havia até boatos que Daniel poderia assumir alguma responsabilidade, como convidado no futuro governo de Marcos Rocha, mas essa possibilidade nunca passou de uma ilação, jamais confirmada. O atual governador, que tem ainda menos de 40 dias no comando do Estado, viajou na terça à Brasília, para tentar resolver assuntos pendentes de interesse de Rondônia e ainda não falou sobre seus planos à frente da nova entidade.

Propinoduto em Ji-Paraná

Uma grande operação da Policia Federal, envolveu várias prisões na prefeitura de Ji-Paraná, incluindo secretários, políticos e empresários. O ex prefeito Jesualdo Pires, que deixou a Prefeitura há alguns meses para disputar uma vaga ao Senado, se disse surpreso com o caso e as prisões e, até essa quarta, enquanto a ação policial se desenvolvia, ele afirmava que não tinha informações sobre o assunto e aguardava novos detalhes, para poder se pronunciar. O prefeito atual, Marcito Pinto, que era vice assumiu quando Jesualdo deixou o posto, também não havia se pronunciado durante o dia. A operação da PF envolveu a descoberta de um grupo criminoso dentro da Prefeitura da segunda maior cidade do Estado, que se criou para explorar ilegalmente empresas e cobrança de propina. Ficou demonstrado na investigação, que empresários eram pressionados a pagar propina para que pudessem vencer licitações e receber os devidos pagamentos dos contratos com a Prefeitura. A exigência de tal pagamento a integrantes da organização criminosa, para que pudesse prosseguir com a execução do contrato, era chamada de “Pedágio”, sendo o termo adotado para designar a Operação. Pelo menos dez prisões foram feitas e nos próximos dias, certamente serão divulgados mais detalhes sobre a ação da PF.

O edital da mudança no aeroporto

O primeiro passo para a internacionalização do aeroporto de Porto Velho é a instalação do Terminal de Cargas. A partir daí a alfândega é montada e o aeroporto poderá operar voos que chegam e saem, voando para vários países. Os dois procedimentos serão feitos simultaneamente. Em resumo, foi essa a boa notícia dada nesta quarta-feira, pelo deputado federal Luiz Cláudio, um dos grandes batalhadores por melhorias no aeroporto Jorge Teixeira, na Capital rondoniense. Em reuniões com o Ministro dos Transportes, Valter Casimiro e com o presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, o parlamentar do PR foi informado que ainda esse ano será lançado edital para as duas obras que servirão para oficializar a fase realmente internacional do nosso aeroporto, porque nisso, até agora, ele tem apenas o nome. Há mais: outro ponto positivo é a futura interligação do terminal de cargas do aeroporto com os terminais portuários de Porto Velho, o que proporcionará um controle efetivo de todas as mercadorias a serem importadas ou exportadas. Agora, para os voos internacionais por aqui, tanto de cargas como de passageiros, será apenas questão de tempo.

Transmissão de Governo: no teatro não!

O Palácio da Artes, nosso Teatro estadual, está novamente interditado. Desde agosto. Esperou-se 20 anos pela obra, mas desde que ela foi inaugurada, inúmeras vezes o prédio foi fechado para espetáculos, por um motivo ou outro. Sempre retorna com grande demora, até porque cada obra, por menor que seja, tem que enfrentar o inferno da burocracia, que praticamente impede os governos de resolverem seus problemas, tal o emaranhado de leis e fiscalizações que existem. Um pequeno conserto, como o que está pendente no nosso Teatro, pode demorar meses. Até que essa desgraçada legislação, que parte do princípio que todos os homens públicos são desonestos e que podem roubar até num conserto de uma obra de meia dúzia de tostões, caso não fiscalizados, até que todo o martírio burocrático seja rigorosamente seguido, nada pode ser feito. Nos meses de novembro e dezembro, várias escolas de dança da Capital não terão onde realizar seus espetáculos de final de ano, programados para o Teatro. Mas o pior ainda está por vir: caso a concorrência pública para consertar o Teatro não seja feita em breve, a posse do novo Governador, programada para 1º de janeiro, terá que mudar de lugar. No Teatro, interditado, é que não vai ser...

Maurício Carvalho e seus planos

O presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, o jovem médico Maurício Carvalho, negou ontem que tenha sido convidado e que, se convidado, aceitasse ser o futuro secretário de saúde da Prefeitura de Porto Velho. Para essa coluna, na noite dessa quarta, Maurício diz que encerra sua missão como presidente da Casa neste final de ano e que sua principal meta é continuar cumprindo seu mandato, outorgado por grande número de eleitores da Capital. “Obviamente que na condição de vereador e aliado, colocarei todos os meus esforços para ajudar a melhorar a saúde pública, que é uma meta do prefeito Hildon Chaves e de todos nós”. Maurício reafirma, contudo, que não está nos seus planos políticos e pessoais deixar a Câmara Municipal e assumir outros compromissos que não sejam os que fez com a coletividade portovelhense, através de um trabalho sério e de resultados, na Câmara Municipal. Recém-saído de uma eleição, onde disputou o Governo do Estado na condição de candidato a vice de Expedito Júnior, Maurício é personagem que ainda terá, certamente, uma longa trajetória na vida pública rondoniense.

Perguntinha

De quem você acha que é a culpa pelo Espaço Alternativo ter se tornado um Mercado Persa, sem vigilância, tomada por bêbados e porcalhões: do Governo do Estado, da Prefeitura de Porto Velho ou de ambos?

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