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Ex-coordenadora de Regularização Fundiária desafia chefe da Casa Civil e leva tinta do governador
Segunda-feira, 24 Agosto de 2015 - 17:15 | RONDONIAGORA
A advogada Quilvia Carvalho recebeu o cartão vermelho do Governo da Cooperação. Ela peitou o chefe da Casa Civil, Emerson Castro, e levou tinta do governador Confúcio Moura. Dessa vez, Confúcio não pensou muito e por telefone mandou exonerar a assessora. Tudo começou por causa da reforma administrativa na qual Quilvia foi alçada do cargo de coordenadora para diretoria-executiva de Regularização Fundiária. O nome para o seu cargo estava em discussão entre a base aliada do Governo na Assembleia Legislativa e o chefe da Casa Civil. Ela, então, reputou a Emerson Castro a recusa da indicação de uma pessoa de sua confiança para a Coordenadoria de Regularização Fundiária.
Fogo amigo
Revoltada, Quilvia chamou alguns amigos dos bairros Industrial, Universitário e Conquista, locais onde ela havia desenvolvido o trabalho de regularização dos terrenos, para fazer protestos contra o secretário-chefe da Casa Civil. Portando faixas, os moradores pediam a saída de Emerson Castro do Governo porque ele estaria acabando com a pasta da Regularização Fundiária. O fogo amigo chegou ao Palácio Rio Madeira na manhã desta segunda-feira. Os mesmos amigos de Quilvia foram para a porta do governador pedir a cabeça de Castro.
Guilhotina
Sem dúvida, Quilvia Carvalho chamou a atenção dos formadores de opinião pela excessiva exposição na mídia. Durante a campanha, ela era feroz defensora do governador, chegando a trocar insultos pelas redes sociais quando discordava de determinados posicionamentos dos adversários. Um importante assessor do governador Confúcio Moura viu toda a cena e sentenciou: cada auxiliar tem um ciclo no Governo. As pessoas são substituídas mas os programas sociais continuam. O ciclo de Quilvia Carvalho já passou.
Orçamento apertado
O presidente da Câmara de Porto Velho, Jurandir Bengala (PT), diz que está sendo obrigado a exonerar todos os servidores comissionados da Casa, inclusive os lotados nos gabinetes dos vereadores. A causa é o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). As demissões estão marcadas para o mês de novembro.
Causa e efeito
Já na Assembleia Legislativa, o deputado Maurão de Carvalho (PP) foi mais hábil. Não precisou exonerar assessor algum, mas reduziu salários e criou o programa de aposentadoria voluntária garantindo todos os direitos aos servidores concursados. A medida vai trazer forte economia para Assembleia Legislativa.