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Mogno Asiático é aposta de investidores em Rondônia

Quinta-feira, 30 Junho de 2016 - 12:52 | Da Redacao


Investidores do ramo madeireiro vieram a Ji-Paraná e encontraram porteiras abertas para a implementação do negócio no município com uma reunião na manhã desta quarta-feira (29)  onde foram apresentados dados sobre o tema. Diretores da Florest Investimentos, com empresas consolidadas em Minas Gerais e Bahia, falaram a aproximadamente 30 produtores e técnicos sobre uma nova variedade de essência florestal, o Mogno Asiático, e da possibilidade de negócios com a madeira, a partir de parceria. O Banco da Amazônia S.A. (Basa) enviou representante, que falou da possibilidade de financiamento, bastando estudos técnicos para a liberação de recursos.

Da parte da empresa falou Endrigo Rocha, que esclareceu sobre os projetos montados para Ji-Paraná e região. Além da parceria para a produção do Mogno Asiático, explicou que após a oferta de madeira estar em níveis propícios, a ideia é implantar uma grande indústria de móveis finos, que visam os marcados consumidores do exterior, mas também o mercado interno.

Sobre a adaptação da nova essência a Rondônia, Endrigo disse não ter dúvidas sobre bons resultados, com estimativa de uma produção até 30% superior às de Minas e Bahia, em razão do clima e das terras rondonienses. Pelos dados apresentados, em quatro anos de plantio pode ser iniciado o raleamento, que é quando as árvores maiores já começam a ser cortadas.  O otimismo sobre a variedade vem de 12 anos de pesquisa feitos pela Florest Investimentos, que já tem 500 milhões de sementes prontas ao plantio, conforme informou Endrigo Rocha.

Entusiasta da nova oportunidade de negócios e quem intermediou a reunião entre produtores, órgãos do setor e a empresa, a vereadora por Ji-Paraná, Marcia Regina (PSB), diz que vê possibilidade de aumento na arrecadação de ICMS, já que a madeira tem uma das maiores fatias da composição desse imposto no Estado. Falou ainda dos resultados que podem ser alcançados pelos produtores, até mesmo da agricultura familiar, que são os parceiros visados nesse início de atividades.

A mesma opinião tem o consultor florestal Adilson Pepino, que vê na adesão do produtor o maior problema nesse momento. Para ele, será preciso mostrar resultados fortes para que os produtores “comprem a ideia”. Isso porque alguns investimentos feitos no passado não deram certo e o produtor tende a não esquecer desse período. Mas, superado esse problema, Pepino diz não ter dúvidas dos resultados que podem ser obtidos pelo Mogno Asiático no Estado, que é, como ele mesmo disse, uma estufa natural e por isso apresenta resultados superiores aos demais estados brasileiros e outros países.

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