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Mulher encontrada morta em Portugal pode ser rondoniense

Terça-feira, 14 Janeiro de 2014 - 15:01 | Altino Machado


Uma família brasileira aguarda ansiosa o resultado da autópsia no corpo de uma mulher encontrada morta sábado (11) numa fábrica abandonada, nos arredores de Braga, em Portugal, em avançado estado de decomposição, que tinhas as mãos e os pés  amarrados, além de sinais de queimadura.

O Consulado-Geral do Brasil no Porto mantém contato com a Polícia Judiciária de Braga, para saber se a mulher assassinada é a jovem brasileira Mayara Maldonado, de 20 anos,  natural de Cacoal (RO), que residia em Ji-Paraná (RO), e desapareceu em Braga na tarde de 11 de novembro do ano passado, após sair para encontrar o namorado.

Alessandra e o marido Elias Maldonado, mãe e padrasto da jovem desaparecida, estão em Portugal desde o desaparecimento de Mayara. Ela morava há seis anos em Braga, na companhia da mãe e irmãos. Há dois anos, a mãe voltou para Ji-Paraná (RO) e deixou a filha trabalhando e morando em casa para estudantes.

O último contato de Mayara Maldonado, segundo a família, foi com o namorado, via telefone, pedindo socorro. Ele reside em Gaia. O telefone foi desligado e depois disso, o apartamento da jovem foi encontrado revirado.

Em Portugal,  os pais descobriram que Mayara, que dizia trabalhar num shopping, na verdade trabalhava num “bar de alterne” – estabelecimento onde mulheres são contratadas para fazer companhia aos clientes e estimular as suas despesas de consumo. Segundo a mãe, o local “ é conhecido por ser frequentado por magnatas e jogadores de futebol, gente de muita grana”.

Amigas de Mayara contaram aos pais que o namorado da jovem era ciumento, mantém negócios duvidosos e é um homem perigoso. Segundo a mãe, uma amiga de Mayara fugiu para a Suíça com medo de ser envolvida no caso e outra está preparada para também fugir de Portugal.

As amigas de Mayara revelaram aos pais que a filha estava envolvida com “gente da droga”, que "ela mesma se drogava e até se injetava”.

- E é daí, acredito, que veio a desgraça. Quando a deixamos era uma menina muito responsável, trabalhadora, e por isso é que confiamos e a deixamos aqui só. Que Deus nos perdoe. Como é uma menina muito bonita, pode ter sido raptada e levada para a prostituição num país qualquer. E foi à força porque é a única explicação para o pedido de socorro – declarou Alessandra Maldonado à imprensa portuguesa.


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