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NA BOCA DO POVO - POR WALMIR MIRANDA
Quarta-feira, 01 Outubro de 2008 - 18:11 | WALMIR MIRANDA
DEBATE NA RECORD (1)
O prefeito que busca a reeleição foi acusado por Adilson Siqueira e Alexandre Brito, de estar destruindo o patrimônio histórico e cultural rondoniense na cidade de Porto Velho; de construir novos Postos de Saúde e ao mesmo tempo deixar de reformar e reequipar policlínicas já existentes; de manter um cunhado na direção do Ipam; de ter colocado a vice-prefeita Cláudia Carvalho no ostracismo; de ter mentido para a população em propaganda eleitoral gratuita, dizendo que teria sido ele o construtor do prédio da Maternidade Municipal. E por aí afora.
DEBATE NA RECORD (2)
O prefeito que busca a reeleição foi acusado por Adilson Siqueira e Alexandre Brito, de estar destruindo o patrimônio histórico e cultural rondoniense na cidade de Porto Velho; de construir novos Postos de Saúde e ao mesmo tempo deixar de reformar e reequipar policlínicas já existentes; de manter um cunhado na direção do Ipam; de ter colocado a vice-prefeita Cláudia Carvalho no ostracismo; de ter mentido para a população em propaganda eleitoral gratuita, dizendo que teria sido ele o construtor do prédio da Maternidade Municipal. E por aí afora.
DEBATE NA RECORD (3)
O prefeito Roberto Sobrinho também foi taxado de prefeito tatu, em decorrência das várias obras, que foram iniciadas em pleno período eleitoral e permanecem inacabadas prejudicando setores urbanos da Capital; de manter dezenas e dezenas de pessoas lotadas em seu gabinete (numa alusão de que várias delas não estariam comparecendo aos seus postos de trabalho, porém poderiam estar recebendo dinheiro público); também foi acusado de até agora não ter aprovado o Plano de Carreira, Cargos e Salários de servidores municipais; e que tem servidor municipal recebendo menos de um salário mínimo.
DEBATE NA RECORD (4)
O prefeito por sua vez respondeu aos seus interlocutores detalhando o que está fazendo pelo benefício da população. Disse que as obras estão em andamento e serão concluídas em breve. Quanto ao patrimônio histórico e cultural, Sobrinho disse que tudo o que está fazendo tem a aprovação das entidades e organismos federais, ou seja, está agindo dentro da Lei. Citou como exemplo a restauração do Mercado Central e o Complexo Madeira-Mamoré, a restauração da Vila Candelária e, do Complexo Beira-Rio. Pediu aos eleitores que lhe possibilite administrar a Capital por mais quatro anos, para que os seus projetos sejam concluídos. Também, porque conta com o apoio do companheiro Lula, presidente da República.
Entretanto, deixou de esclarecer que a prefeitura arrecada mais de R$ 30 milhões; quanto gasta com folha de pessoal e encargos sociais mensalmente.
Também, não se defendeu da reprimenda que Alexandre Brito lhe dirigiu em pleno debate, quando o mandou que se colocasse em seu lugar e mantivesse a devida postura.
Roberto sequer pediu direito de resposta, que certamente poderia ter sido deferido pelos organizadores do debate. E isso não agradou os seus correligionários.
DEBATE NA RECORD (5)
Por outro lado, os interlocutores de Roberto Sobrinho também não o questionaram sobre quantos mil servidores a Prefeitura de Porto Velho possui. Não perguntaram nada sobre o número total de cargos comissionados da Prefeitura Municipal. E, nem sobre quantos milhões de reais está custando à folha de pagamento da prefeitura, atualmente.
Uns dizem que a arrecadação na Capital beira os R$ 30 milhões, enquanto outros falam em até R$ 32 milhões, mensalmente.
Quanto a regularização fundiária tão polêmica, que a prefeitura municipal vem fazendo em Porto Velho, os interlocutores de Sobrinho, também nada mencionaram sobre o fato que, a prefeitura não está fazendo mais do que aplicar a Legislação que trata de assuntos desta natureza, inclusive, sobre a gratuidade assegurada aos munícipes beneficiados com lotes e edificações em determinados ponto da Capital.
A coisa ficou sem os devidos esclarecimentos sobre se os documentos fornecidos pela Prefeitura seriam ou não válidos (total ou parcialmente) para transações comerciais e, principalmente, quanto a empréstimos e financiamentos bancários.
DAVID CHIQUILITO (6)
O jovem David Chiquilito (PC do B) deu uma verdadeira aula de segurança, coerência e postura. Mostrou que estar consciente do que realmente seja a responsabilidade de um prefeito municipal. Respondeu a todas as interlocuções que lhe fizeram e não deixou nada sem apontar como iria fazer (se eleito fosse) para concretizar os seus projetos.
Deixou transparecer nas entrelinhas de várias respostas, que poderia caminhar com Sobrinho em caso de segundo turno. Aliás, Sobrinho o tratou com sobriedade e até com carinho. David mostrou suas idéias de forma simples, objetiva. Não atacou o prefeito em momento algum. A verdade tem de ser dita: Davi surpreendeu e foi um dos destaques do debate, se não o principal deles.
Entre os jovens é visível o crescimento de sua campanha. Dizem que isso seria, também, uma questão de genética. Ele é filho do saudoso ex-secretário da Administração, ex-prefeito de Porto Velho e ex-deputado federal, Chiquilito Erse.
MAURO NAZIF
Baseou sua postura em cima do histórico de sua carreira política. Lembrou que foi vereador, deputado estadual e atualmente é deputado federal pelo PSB, legenda da qual nunca saiu. Evitou polemizar. Falou de alguns recursos que já obteve para a Capital e de seus projetos para a prefeitura (se eleito for). Teve comportamento moderado. Porém, em certas ponderações que fez deu a entender que concorda com algumas das ações desenvolvidas pelo atual prefeito da Capital. Destacou o projeto Cidade Digital de sua autoria enquanto parlamentar federal. Também evitou polemizar com Roberto Sobrinho, e foi sempre tratado por Hamilton Casara como meu amigo.
LINDOMAR GARÇON (PV)
Esteve apático e inseguro. Por vezes, seu nervosismo aflorou, não deixando que terminasse determinadas respostas aos seus interlocutores no tempo estabelecido pelo regulamento do debate. Foi sempre tratado por Roberto Sobrinho com veemência e não soube revidar com classe as investidas do nocauteador de jornalista. Se depender do que mostrou no debate, pode ter certeza que perdeu pontos valiosos para David Chiquilito, Alexandre Brito e Mauro Nazif.
ADILSON SIQUEIRA (PSOL)
Por pouco o candidato do PSOL não fez Roberto Sobrinho sair do sério e partir para o embate físico, como fez recentemente com um jornalista da Capital. Adilson infernizou e irritou o prefeito, o tempo todo. Deitou e rolou quando o prefeito quis taxa-lo de mentiroso. Leu um documento que portava, onde constava a assinatura do prefeito, num dos momentos mais tensos do debate. A acusação de Sobrinho não colou. No mais, foi o clássico candidato de partido pequeno, que apesar de todo o esforço que faz, sabe que não tem chance de vencer o pleito. Mas que poderá somar com alguém no segundo turno. Se tiver segundo turno. É óbvio.
HAMILTON CASARA (PSDB)
Articulado e experiente, além de frio e calculista na apresentação de suas propostas de trabalho e, nas respostas aos interlocutores, Hamilton Casara (PSDB) vendeu seu peixe, sem estardalhaços. Foi excessivamente benevolente com o amigo Mauro Nazif, quase paternal com David Chiquilito, áspero com Lindomar Garçon, discreto com Adilson Siqueira, e cordialíssimo com o prefeito Roberto Sobrinho. Evitou bater de frente com Alexandre Brito. Fez críticas severas ao governo quanto à segurança pública. Disse que, se eleito, dentre outras coisas implantará o Terminal de Interligação de Transporte Coletivo Urbano e dará atenção especial à educação e a saúde, dentre outras coisas.
ALEXANDRE BRITO (PTC)
Pelo que mostrou, deve ter tomado uma aula de como reverter à imagem de galã risonho e chorominguento que vinha exibindo na TV. Desta vez, apareceu firme, sério, bem articulado e focado principalmente nas perguntas de seus adversários. Foi bem nas perguntas que fez aos interlocutores e, de forma veemente repreendeu Roberto Sobrinho, em determinado instante do debate mandando que o mesmo tivesse compostura. O prefeito sentiu o golpe e ficou na dele. Quer dizer, Alexandre fez com Roberto Sobrinho o que ele havia feito com Garçom num outro debate. O clima esquentou e temeu-se por algum incidente que algo viesse a tirar o objetivo do debate. Mostrou alguns de seus projetos. Insistiu em mostrar as falhas da administração municipal, principalmente no desperdício de dinheiro público. Teve um bom desempenho e, junto com David Chiquilito destacou-se dentre os demais.
ROBERTO SOBRINHO (PT)
Bem orientado por sua assessória manteve-se voltado aos projetos e obras que já realizou, assim como, aos projetos que pretende implementar, para melhorar a vida dos portovelhenses. Pecou ao chamar Adilson Siqueira de mentiroso, e teve de amargar a leitura de um documento que, naquela oportunidade, comprovava o que o candidato do PSOL dissera. Deu algumas alfinetadas em Lindomar Garçon e em Mauro Nazif. Porém, evitou bater de frente com Alexandre Brito, que tentou encostá-lo na parede várias vezes. Apesar de não ter tido o mesmo desembaraço das vezes anteriores procurou justificar o porquê das obras inacabadas, e reafirmou que não está destruindo o patrimônio histórico e cultural de Rondônia na cidade de Porto Velho.
Porém errou em se irritar, seguidamente, com as colocações de Adílson Siqueira (PSOL). Mesmo assim, ainda pode ser considerado como líder nas pesquisas. Talvez não com mais de 50% da intenção de escolha do eleitorado. Mas é fato que ainda é o favorito no presente pleito eleitoral.
EXPECTATIVA
No mais, é se aguardar as próximas pesquisas (se é que elas ainda virão a público). O público viu que muito do que os candidatos prometem é pura utopia, pois o que o município arrecada não é suficiente para atender toda a demanda de necessidades da população. Também, porque, o município precisa da ajuda mais substancial dos governos federal e estadual.
O prefeito tem o dever de explicar-se sobre a tal viagem para a Itália. Precisa justificar as dezenas de assessores de seu gabinete, os gastos excessivos com combustíveis e, principalmente, porque não recuperou as policlínicas que ainda estão abandonadas em alguns pontos da Capital.
No mais, em face da iniciativa da Tv Candelária (Rede Record) ganhou a comunidade, que agora pode tirar as suas conclusões sobre qual é o melhor candidato para administrar os destinos da Capital e seus distritos, no período de 2009 a 2012. Sobre modo, quem poderá ter mais apoio da sociedade e da classe política (bancadas estadual e federal), e do governo do Estado para a captação de recursos a serem alocados em projetos e serviços almejados pela população. Principalmente, em se tratando de urbanização, saneamento básico, educação, saúde e segurança pública.
Quanto à possibilidade de haver segundo turno é óbvio que ela existe. Até porque, se pesquisas ganhassem eleição o prefeito atual seria o Dr. Mauro Nazif.
Verdade ou não?
Porém, que não se descarte a possibilidade da eleição ser decidida em apenas um turno. Isso é possível, sim.
Nesse caso, se os números mostrados pelo IBOPE forem efetivamente verdadeiros, o favorito continua a ser o atual prefeito da Capital do Estado, sem choro nem vela.
BAIXARIA
Há que se lamentar as baixarias que ocorreram do lado de fora do auditório da Tv Candelária. Aconteceram discussões com impropérios rasteiríssimos. E como se fosse pouco, teve até porrada com gente saindo ferida e tendo de receber socorros médicos no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II.
Isso quase tirou o brilho do trabalho realizado pela Tv Candelária e pela Imprensa no sentido de possibilitar que a sociedade seja esclarecida, e faça boas escolhas no dia 05 de outubro (próximo domingo), quando serão eleitos os 52 prefeitos municipais no Estado de Rondônia, além de centenas de vereadores.
Defender idéias e propostas é uma coisa válida. Porém, fazer disso bandeira de luta corporal e de ofensas verbais aos semelhantes é coisa de gente ignorante. Coisa de gente despreparada, que está longe de entender o real significado da cidadania e do Estado de Direito que existe em nosso País. E graças ao que ainda se tem a democracia que respiramos.
Seria bom que essas pessoas parassem um pouco para pensar sobre a idiotice que cometeram, para não mais dar atestado de imbecilidade e, muito menos aos outros.
Vale lembrar que: gente civilizada não agride, não fere, não mata. E, sim faz prevalecer boas idéias e boas ações através do diálogo, que é uma das mais poderosas armas da sociedade no mundo inteiro.
ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!
O prefeito que busca a reeleição foi acusado por Adilson Siqueira e Alexandre Brito, de estar destruindo o patrimônio histórico e cultural rondoniense na cidade de Porto Velho; de construir novos Postos de Saúde e ao mesmo tempo deixar de reformar e reequipar policlínicas já existentes; de manter um cunhado na direção do Ipam; de ter colocado a vice-prefeita Cláudia Carvalho no ostracismo; de ter mentido para a população em propaganda eleitoral gratuita, dizendo que teria sido ele o construtor do prédio da Maternidade Municipal. E por aí afora.
DEBATE NA RECORD (2)
O prefeito que busca a reeleição foi acusado por Adilson Siqueira e Alexandre Brito, de estar destruindo o patrimônio histórico e cultural rondoniense na cidade de Porto Velho; de construir novos Postos de Saúde e ao mesmo tempo deixar de reformar e reequipar policlínicas já existentes; de manter um cunhado na direção do Ipam; de ter colocado a vice-prefeita Cláudia Carvalho no ostracismo; de ter mentido para a população em propaganda eleitoral gratuita, dizendo que teria sido ele o construtor do prédio da Maternidade Municipal. E por aí afora.
DEBATE NA RECORD (3)
O prefeito Roberto Sobrinho também foi taxado de prefeito tatu, em decorrência das várias obras, que foram iniciadas em pleno período eleitoral e permanecem inacabadas prejudicando setores urbanos da Capital; de manter dezenas e dezenas de pessoas lotadas em seu gabinete (numa alusão de que várias delas não estariam comparecendo aos seus postos de trabalho, porém poderiam estar recebendo dinheiro público); também foi acusado de até agora não ter aprovado o Plano de Carreira, Cargos e Salários de servidores municipais; e que tem servidor municipal recebendo menos de um salário mínimo.
DEBATE NA RECORD (4)
O prefeito por sua vez respondeu aos seus interlocutores detalhando o que está fazendo pelo benefício da população. Disse que as obras estão em andamento e serão concluídas em breve. Quanto ao patrimônio histórico e cultural, Sobrinho disse que tudo o que está fazendo tem a aprovação das entidades e organismos federais, ou seja, está agindo dentro da Lei. Citou como exemplo a restauração do Mercado Central e o Complexo Madeira-Mamoré, a restauração da Vila Candelária e, do Complexo Beira-Rio. Pediu aos eleitores que lhe possibilite administrar a Capital por mais quatro anos, para que os seus projetos sejam concluídos. Também, porque conta com o apoio do companheiro Lula, presidente da República.
Entretanto, deixou de esclarecer que a prefeitura arrecada mais de R$ 30 milhões; quanto gasta com folha de pessoal e encargos sociais mensalmente.
Também, não se defendeu da reprimenda que Alexandre Brito lhe dirigiu em pleno debate, quando o mandou que se colocasse em seu lugar e mantivesse a devida postura.
Roberto sequer pediu direito de resposta, que certamente poderia ter sido deferido pelos organizadores do debate. E isso não agradou os seus correligionários.
DEBATE NA RECORD (5)
Por outro lado, os interlocutores de Roberto Sobrinho também não o questionaram sobre quantos mil servidores a Prefeitura de Porto Velho possui. Não perguntaram nada sobre o número total de cargos comissionados da Prefeitura Municipal. E, nem sobre quantos milhões de reais está custando à folha de pagamento da prefeitura, atualmente.
Uns dizem que a arrecadação na Capital beira os R$ 30 milhões, enquanto outros falam em até R$ 32 milhões, mensalmente.
Quanto a regularização fundiária tão polêmica, que a prefeitura municipal vem fazendo em Porto Velho, os interlocutores de Sobrinho, também nada mencionaram sobre o fato que, a prefeitura não está fazendo mais do que aplicar a Legislação que trata de assuntos desta natureza, inclusive, sobre a gratuidade assegurada aos munícipes beneficiados com lotes e edificações em determinados ponto da Capital.
A coisa ficou sem os devidos esclarecimentos sobre se os documentos fornecidos pela Prefeitura seriam ou não válidos (total ou parcialmente) para transações comerciais e, principalmente, quanto a empréstimos e financiamentos bancários.
DAVID CHIQUILITO (6)
O jovem David Chiquilito (PC do B) deu uma verdadeira aula de segurança, coerência e postura. Mostrou que estar consciente do que realmente seja a responsabilidade de um prefeito municipal. Respondeu a todas as interlocuções que lhe fizeram e não deixou nada sem apontar como iria fazer (se eleito fosse) para concretizar os seus projetos.
Deixou transparecer nas entrelinhas de várias respostas, que poderia caminhar com Sobrinho em caso de segundo turno. Aliás, Sobrinho o tratou com sobriedade e até com carinho. David mostrou suas idéias de forma simples, objetiva. Não atacou o prefeito em momento algum. A verdade tem de ser dita: Davi surpreendeu e foi um dos destaques do debate, se não o principal deles.
Entre os jovens é visível o crescimento de sua campanha. Dizem que isso seria, também, uma questão de genética. Ele é filho do saudoso ex-secretário da Administração, ex-prefeito de Porto Velho e ex-deputado federal, Chiquilito Erse.
MAURO NAZIF
Baseou sua postura em cima do histórico de sua carreira política. Lembrou que foi vereador, deputado estadual e atualmente é deputado federal pelo PSB, legenda da qual nunca saiu. Evitou polemizar. Falou de alguns recursos que já obteve para a Capital e de seus projetos para a prefeitura (se eleito for). Teve comportamento moderado. Porém, em certas ponderações que fez deu a entender que concorda com algumas das ações desenvolvidas pelo atual prefeito da Capital. Destacou o projeto Cidade Digital de sua autoria enquanto parlamentar federal. Também evitou polemizar com Roberto Sobrinho, e foi sempre tratado por Hamilton Casara como meu amigo.
LINDOMAR GARÇON (PV)
Esteve apático e inseguro. Por vezes, seu nervosismo aflorou, não deixando que terminasse determinadas respostas aos seus interlocutores no tempo estabelecido pelo regulamento do debate. Foi sempre tratado por Roberto Sobrinho com veemência e não soube revidar com classe as investidas do nocauteador de jornalista. Se depender do que mostrou no debate, pode ter certeza que perdeu pontos valiosos para David Chiquilito, Alexandre Brito e Mauro Nazif.
ADILSON SIQUEIRA (PSOL)
Por pouco o candidato do PSOL não fez Roberto Sobrinho sair do sério e partir para o embate físico, como fez recentemente com um jornalista da Capital. Adilson infernizou e irritou o prefeito, o tempo todo. Deitou e rolou quando o prefeito quis taxa-lo de mentiroso. Leu um documento que portava, onde constava a assinatura do prefeito, num dos momentos mais tensos do debate. A acusação de Sobrinho não colou. No mais, foi o clássico candidato de partido pequeno, que apesar de todo o esforço que faz, sabe que não tem chance de vencer o pleito. Mas que poderá somar com alguém no segundo turno. Se tiver segundo turno. É óbvio.
HAMILTON CASARA (PSDB)
Articulado e experiente, além de frio e calculista na apresentação de suas propostas de trabalho e, nas respostas aos interlocutores, Hamilton Casara (PSDB) vendeu seu peixe, sem estardalhaços. Foi excessivamente benevolente com o amigo Mauro Nazif, quase paternal com David Chiquilito, áspero com Lindomar Garçon, discreto com Adilson Siqueira, e cordialíssimo com o prefeito Roberto Sobrinho. Evitou bater de frente com Alexandre Brito. Fez críticas severas ao governo quanto à segurança pública. Disse que, se eleito, dentre outras coisas implantará o Terminal de Interligação de Transporte Coletivo Urbano e dará atenção especial à educação e a saúde, dentre outras coisas.
ALEXANDRE BRITO (PTC)
Pelo que mostrou, deve ter tomado uma aula de como reverter à imagem de galã risonho e chorominguento que vinha exibindo na TV. Desta vez, apareceu firme, sério, bem articulado e focado principalmente nas perguntas de seus adversários. Foi bem nas perguntas que fez aos interlocutores e, de forma veemente repreendeu Roberto Sobrinho, em determinado instante do debate mandando que o mesmo tivesse compostura. O prefeito sentiu o golpe e ficou na dele. Quer dizer, Alexandre fez com Roberto Sobrinho o que ele havia feito com Garçom num outro debate. O clima esquentou e temeu-se por algum incidente que algo viesse a tirar o objetivo do debate. Mostrou alguns de seus projetos. Insistiu em mostrar as falhas da administração municipal, principalmente no desperdício de dinheiro público. Teve um bom desempenho e, junto com David Chiquilito destacou-se dentre os demais.
ROBERTO SOBRINHO (PT)
Bem orientado por sua assessória manteve-se voltado aos projetos e obras que já realizou, assim como, aos projetos que pretende implementar, para melhorar a vida dos portovelhenses. Pecou ao chamar Adilson Siqueira de mentiroso, e teve de amargar a leitura de um documento que, naquela oportunidade, comprovava o que o candidato do PSOL dissera. Deu algumas alfinetadas em Lindomar Garçon e em Mauro Nazif. Porém, evitou bater de frente com Alexandre Brito, que tentou encostá-lo na parede várias vezes. Apesar de não ter tido o mesmo desembaraço das vezes anteriores procurou justificar o porquê das obras inacabadas, e reafirmou que não está destruindo o patrimônio histórico e cultural de Rondônia na cidade de Porto Velho.
Porém errou em se irritar, seguidamente, com as colocações de Adílson Siqueira (PSOL). Mesmo assim, ainda pode ser considerado como líder nas pesquisas. Talvez não com mais de 50% da intenção de escolha do eleitorado. Mas é fato que ainda é o favorito no presente pleito eleitoral.
EXPECTATIVA
No mais, é se aguardar as próximas pesquisas (se é que elas ainda virão a público). O público viu que muito do que os candidatos prometem é pura utopia, pois o que o município arrecada não é suficiente para atender toda a demanda de necessidades da população. Também, porque, o município precisa da ajuda mais substancial dos governos federal e estadual.
O prefeito tem o dever de explicar-se sobre a tal viagem para a Itália. Precisa justificar as dezenas de assessores de seu gabinete, os gastos excessivos com combustíveis e, principalmente, porque não recuperou as policlínicas que ainda estão abandonadas em alguns pontos da Capital.
No mais, em face da iniciativa da Tv Candelária (Rede Record) ganhou a comunidade, que agora pode tirar as suas conclusões sobre qual é o melhor candidato para administrar os destinos da Capital e seus distritos, no período de 2009 a 2012. Sobre modo, quem poderá ter mais apoio da sociedade e da classe política (bancadas estadual e federal), e do governo do Estado para a captação de recursos a serem alocados em projetos e serviços almejados pela população. Principalmente, em se tratando de urbanização, saneamento básico, educação, saúde e segurança pública.
Quanto à possibilidade de haver segundo turno é óbvio que ela existe. Até porque, se pesquisas ganhassem eleição o prefeito atual seria o Dr. Mauro Nazif.
Verdade ou não?
Porém, que não se descarte a possibilidade da eleição ser decidida em apenas um turno. Isso é possível, sim.
Nesse caso, se os números mostrados pelo IBOPE forem efetivamente verdadeiros, o favorito continua a ser o atual prefeito da Capital do Estado, sem choro nem vela.
BAIXARIA
Há que se lamentar as baixarias que ocorreram do lado de fora do auditório da Tv Candelária. Aconteceram discussões com impropérios rasteiríssimos. E como se fosse pouco, teve até porrada com gente saindo ferida e tendo de receber socorros médicos no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II.
Isso quase tirou o brilho do trabalho realizado pela Tv Candelária e pela Imprensa no sentido de possibilitar que a sociedade seja esclarecida, e faça boas escolhas no dia 05 de outubro (próximo domingo), quando serão eleitos os 52 prefeitos municipais no Estado de Rondônia, além de centenas de vereadores.
Defender idéias e propostas é uma coisa válida. Porém, fazer disso bandeira de luta corporal e de ofensas verbais aos semelhantes é coisa de gente ignorante. Coisa de gente despreparada, que está longe de entender o real significado da cidadania e do Estado de Direito que existe em nosso País. E graças ao que ainda se tem a democracia que respiramos.
Seria bom que essas pessoas parassem um pouco para pensar sobre a idiotice que cometeram, para não mais dar atestado de imbecilidade e, muito menos aos outros.
Vale lembrar que: gente civilizada não agride, não fere, não mata. E, sim faz prevalecer boas idéias e boas ações através do diálogo, que é uma das mais poderosas armas da sociedade no mundo inteiro.
ATÉ A PRÓXIMA, PREZADOS LEITORES !!!