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O fragil coração da mulher!
Quinta-feira, 30 Abril de 2015 - 14:51 | Serafim Godinho
Muita gente pensa que doenças cardiovasculares são doenças exclusivas dos homens velhos ou sedentários, mas a cada dia as mulheres morrem mais dessa doença, ao ponto de ocorrer mais em mulheres que em homens. Os motivos óbvios são o fato das mulheres serem mais sensíveis, sentimentais, preocupadas com sua aparência, com os conceitos e preconceitos sociais existentes. Apaixonam-se com facilidade, sofrem mais com as separações e são extremamente ligadas à sua família, e amar é sofrer. Os outros são os aumentos do estresse, carga de trabalho, genética, obesidade e hormônios, como verão a seguir.
E ainda mais, as doenças cardiovasculares são o inimigo número um das mulheres. De cada dez, seis morrem de infarto, principalmente após a menopausa. E a maioria não tem consciência disso, pois concentra toda a preocupação em exames ginecológicos, como os de mama e do colo do útero, além da preocupação com a mama.
Entre os principais fatores de risco das mulheres estão: hipertensão, colesterol, diabetes, obesidade abdominal, sedentarismo, cigarro e interação entre fumo e anticoncepcional (que a partir dos 30 anos pode causar trombose venosa e uma consequente embolia pulmonar. De acordo com o especialista, 90% dos riscos são determinados por esses fatores e pelo estilo de vida, contra 10% da carga genética. Ou seja, é possível mudar esse quadro.
Após a menopausa, o risco aumenta ainda mais: a mulher deixa de ter o corpo em formato de pêra e passa a ser “maçã. Isso significa que o depósito de gordura abandona as coxas e o bumbum para se concentrar ao redor do abdômen e na parte superior do corpo. Cinturas acima de 80 cm para o sexo feminino e de 94 cm para o masculino já devem acionar o sinal de alerta, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.
O risco cardiovascular associado ao uso de anticoncepcionais orais presumivelmente deve ter decaído com a utilização de doses menores de estradiol. Um estudo multicêntrico da Organização Mundial de Saúde mostrou que o uso de anticoncepcional oral não aumentava o risco de IAM em mulheres sem fatores de risco para doença cardiovascular. Porém em mulheres acima de 35 anos e fumantes o risco era enormemente aumentado por esse uso.
Durante décadas a Terapêutica Hormonal de Substituição (THS) que inclui estrogênios e progesterona foi utilizada na mulher para tratar os sintomas da menopausa, para prevenir a osteoporose e por prováveis benefícios na prevenção da doença coronária. A presença dos estrogênios na mulher antes da menopausa, a proteção óbvia que beneficia contra eventos cardiovasculares e simultaneamente a existência documentada de receptores dos estrogênios nos cardiomiócitos e no tecido vascular dos homens e das mulheres, levou ao grande entusiasmo no uso da THS como medida de prevenção contra a doença cardíaca aterosclerótica. Nos últimos anos vários estudos aleatorizados vieram refutar a hipótese do papel protetor dos estrogênios e demonstraram um aumento do risco cardiovascular, sobretudo no primeiro ano após o início da terapêutica e simultaneamente o aumento do risco do cancro da mama, da doença tromboembólica e do acidente vascular cerebral donde resultou a alteração das recomendações no uso da THS Quando você pensa em doença cardíaca, provavelmente se lembra de dor no peito. As mulheres podem não ter dor no peito como sintoma principal de uma patologia cardíaca. Elas geralmente apresentam uma sensação de "peso" ou "aperto no peito" ou sentem dor nas costas, entre as escápulas (omoplata).
Tudo começou com a segunda guerra mundial, quando os homens foram retirados de seus postos de trabalho para formarem exércitos com milhões de soldados que partiam para a guerra e as mulheres que até então não trabalhavam foram convocadas para ocuparem seus lugares.
Após a guerra, o feminismo vem à tona para reinvidicar a liberdade feminina em ralação ao seu corpo e pensamentos oprimidos por uma cultura extremamente masculina, entre elas estavam à luta pelo aborto, igualdade salarial e acesso a todos os cargos ocupados exclusivamente por homens.
Na verdade o grande vilão é o stress a que está submetida, principalmente após a década de 60, época em que as mulheres definiram que seriam iguais aos homens, saindo da tranqüilidade do lar e partindo para a disputa por um lugar ao sol.
A 'queima' de sutiãs foi uma manifestação feminista ocorrida em 1968 em Atlantic City contra a realização do concurso de Miss America. O concurso era visto como uma forma de perpetuar certos padrões de beleza que ajudavam na opressão das mulheres. Nessa manifestação, sutiãs, sapatos de salto e até espartilhos foram amontoados em praça pública, mas não chegaram a ser queimados. Foi muito mais uma manifestação simbólica, mas que mudou para sempre a vida das mulheres no mundo ocidental.
Por isso hoje os papéis mudaram, as mulheres são livres, mas, esta liberdade vem acompanhada do ônus das cobranças aumentadas, e com elas o stress e as preocupações, aumentando proporcionalmente a incidência de doenças cardiovasculares.
A igualdade de direitos em relação aos homens, anunciada com a queima dos sutiãs em praça pública, apesar de ainda não ter sido totalmente conquistada, impôs uma série de responsabilidades e deveres que, antes, não eram exigidos nem cobrados. Meu avô, por exemplo, só fazia questão de encontrar a mesa posta e os filhos bem cuidados quando chegava a casa à noite.
Agora, elas têm de serem mães, esposas, donas-de-casa, profissionais, ajudar com as despesas, administrar os problemas de casa e do trabalho, ralar muito e, ainda, estar sempre sorrindo. A cobrança é dissimulada e vem de todos os lados – até delas mesmas. Isso porque, além de tentar fazer tudo (o que não conseguem!), querem destinar, pelo menos alguns minutos do dia, às suas realizações pessoais. E é aí fica a pergunta: o que ganharam com a queima dos sutiãs? Antes, tudo parecia possível, mais fácil, parecia que sobrava mais tempo... Ganharam mais liberdade, mas, com tantos papéis a desempenhar, não tem tempo de usufruí-la.
E os homens, ao contrário do que se imaginaria, adoraram tudo isso, pois agora contam não apenas com uma esposa para ocupar o seu leito conjugal, mas também de alguém para preparar sua alimentação, cuidar de suas roupas e filhos; e de uma provedora que se mata no trabalho fora e dentro de casa. Já está ficando comum o inimaginável: mulheres mantendo o lar, e o marido tranqüilo, vendo seus jogos pela televisão, nos bares com amigos e até com tempo e disposição para algumas conquistas extras.
O ritmo de vida acelerado trouxe muitas conquistas para o sexo feminino, mas também gerou ônus. E atingem diretamente o seu coração, com o aumento do risco de problemas cardíacos, aumentando a incidências de doenças cardiovasculares entre elas, principalmente decorrente desses males como estresse, tabagismo e pelas dietas desequilibradas a que se submetem, oprimidas que são pela ditadura da magreza.
Milhões de mulheres morrem por ano de doenças cardiovasculares, aproximadamente uma a cada minuto. Nelas a formação da placa de gordura é difusa, dificultando o diagnóstico precoce da obstrução das artérias. Além disso, mulheres têm duas vezes mais chances de morrer do que os homens após uma cirurgia de ponte de safena.
Os novos estudos mostram que 38% das mulheres morrem dentro de um ano após sofrer um infarto, comparado a 25% dos homens. Outro achado é que a combinação pílula anticoncepcional e consumo de mais de 15 cigarros por dia aumenta de três a cinco vezes o risco de problemas cardiovasculares.
Diante do exposto a pergunta que não quer calar: terá valido a pena todas as lutas que as mulheres ocidentais promoveram? Será que as mulheres Árabes não são mais felizes, na tranqüilidade de seus lares, com outras esposas de seu marido, para conversar, cuidar dos filhos, substituí-las no leito conjugal, para seu descanso, e serem respeitadas, adoradas, bajuladas e presenteadas? E acima de tudo, com a saída da mãe para o trabalho, os filhos perdem sua principal referência, pois é a mãe insubstituível na formação cultural e moldagem do caráter de seu filho. Escola é para inserir, ensinar, cabe aos pais, sobretudo à mãe, a nobre missão de educar.
Pensamento da Semana
O amor é mudo. Quem ama, é feliz; não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos muito menos faz declarações públicas. Quem ama e sabe ser amado, é feliz e satisfaz-se por ser. Mesmo porque felicidade nossa atraí inveja alheia. Pessoas que procuram demonstrar felicidade demais nunca me passaram confiança. Dizer e transparecer que a vida é uma festa, que nada existe de errado, que tudo está muito bem e assim vai continuar não me brilha os olhos. A vida tem altos e baixos, montanhas e planície, tristezas e alegrias. Para conhecer e saborear a segunda é preciso conhecer a primeira. Até para ter como comparar. Feliz não é quem grita mais alto, mas o que sorri com mais facilidade