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O que teremos no debate da Globo?! - Por Ivonete Gomes
Terça-feira, 27 Setembro de 2016 - 11:30 | Ivonete Gomes

Os convidados da emissora terão mais uma vez a chance de capitalizar o voto dos indecisos. Embora haja quem reclame das críticas mútuas nas ocasiões anteriores, convenhamos: conversa de compadre causa é sonolência. Não à toa o formato da afiliada do SBT ter sido tão duramente criticado pelos telespectadores. Por isso, acredita-se, que o tom árduo e as chapuletadas devem continuar sendo a tônica no encontro global. Nessa linha, o ex-promotor de Justiça, Hildon Chaves, vem angariando admiradores e manifestação de apoio nas redes sociais. Com vasta experiência em Júri Popular, levou fácil à lona adversários que tentaram encalacrá-lo no último encontro televisionado.
Os candidatos Mauro Nazif (PSB), Williames Pimentel (PMDB), Ribamar Aráujo (PP) e Roberto Sobrinho (PT) mantiveram a mesma compostura e desempenho em todos os debates. Não devem apresentar muita novidade. Por outro lado, o jovem Léo Moraes (PTB), que começou meio desengonçado, notadamente intimidado com as câmeras e com um sorriso no rosto que refletia o mais puro nervosismo, surpreendeu na SIC TV. Foi o mesmo Léo eloquente e equilibrado da tribuna do Legislativo estadual.
Com limitados recursos financeiros, o petebista manteve por algum tempo no ar o pior programa eleitoral, preocupando os apoiadores que, assim como o consultor político Hiram Pessoa Melo, acreditam na máxima: ganha quem erra menos. Léo Moraes demonstrou uma incrível capacidade de superação quando muitos já faziam as malas para desembarcar da sua jornada rumo à prefeitura da capital.
Em pouco tempo, o candidato passou a ser cirúrgico nas ações. Teve a humildade de ouvir conselhos, leu críticas nas redes sociais e transformou o limão em limonada, sem, contudo, tentar agradar a todos, o que segundo John Kennedy seria o segredo para o fracasso. Em outras palavras, em meio a uma grande pressão, Léo Moraes desenvolveu inteligência emocional, qualidade inerente a grandes líderes.