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Por que vim para Rondônia !?, por Vinicios C. Martinez
Quinta-feira, 28 Maio de 2009 - 17:35 | Vinicios Martinez
Rondônia esteve presente em meu imaginário desde criança época em que um tio, médico, residente no Paraná, resolveu comprar terras públicas: depois, como vieram se foram. Por muitos anos significou a grande fronteira verde do Brasil: a entrada no interior do país que relembrava os Bandeirantes.
O Estado de São Paulo não deixou de ser atrativo, especialmente o seu interior. Contudo, este mesmo efeito atrativo, positivo, promove hodiernamente o desejo oposto, provocando um certo efeito estufa.
A economia paulista cresce sim, mas muito mais para os já crescidos: a remuneração média do trabalhador pouco excede o salário mínimo. As universidades públicas estaduais estão estagnadas não se contratam novos professores e os mais antigos e experientes contam os dias para a aposentadoria.
As faculdades e universidades particulares, outrora verdadeiras minas de ouro, casa de Midas, hoje demitem sem qualquer critério avaliativo quanto à produtividade ou meritocracia, sua massa crítica titulada e formada a duras penas.
Assim, a ascendência Centro-Oeste e Norte já é uma realidade. Alguns visionários souberam perceber essa dinâmica 20, 30 anos atrás, outros, como este missivista, ficaram presos às raízes e circunstâncias pessoais e familiares. Todavia, como se diz, sempre é tempo!
O Estado de São Paulo não deixou de ser atrativo, especialmente o seu interior. Contudo, este mesmo efeito atrativo, positivo, promove hodiernamente o desejo oposto, provocando um certo efeito estufa.
A economia paulista cresce sim, mas muito mais para os já crescidos: a remuneração média do trabalhador pouco excede o salário mínimo. As universidades públicas estaduais estão estagnadas não se contratam novos professores e os mais antigos e experientes contam os dias para a aposentadoria.
As faculdades e universidades particulares, outrora verdadeiras minas de ouro, casa de Midas, hoje demitem sem qualquer critério avaliativo quanto à produtividade ou meritocracia, sua massa crítica titulada e formada a duras penas.
Nesta região que começo a chamar de nossa, porque minha casa é onde estou, de certo modo, vê o reflexo positivo da bolha de ar que sobe do sul. Nossas faculdades e universidades (ou centros universitários), públicas e privadas, de nível semelhante (notadamente do ponto de vista ético e profissional) estão amplamente instaladas onde antes estava depositado o reduto de clientela sulista.
Simplificadamente, estudantes das regiões Norte e Centro-Oeste não procuram mais, desesperadamente, o encantamento que provinha do Sul-Sudeste. Preferem investir no que um dia estará sob seu comando, pois será sua herança cultural e patrimonial.
Com vistas a isto, foi esta somatória de atratores que me levou a escolher este Estado para prestar concurso para docência em universidade pública: o seu espírito jovem e florescente, na economia e nas mentes - sua gente de cores e falas que revelam o Brasil por dentro.
São Paulo, ao invés de aproveitar sua enorme rede de profissionais qualificados às custas do erário público mestres e doutores , investe milhões (amanhã serão bilhões) em Ensino à Distância. Mas, se perguntar aos experts, poucos saberão distinguir ou argumentar sobre autoria e/ou letramento digital.
Enfim, minha principal intenção é colaborar na criação/estímulo de centros de pesquisa, ensino e extensão. Em São Paulo, atualmente, vive-se uma ficção da realidade que já se foi.
Espero com isto, verdadeiramente, sinceramente, ser claro em meus propósitos e no que puder colaborar.
Vinício C. Martinez
Doutor em Educação pela USP e professor da UNIR
O Estado de São Paulo não deixou de ser atrativo, especialmente o seu interior. Contudo, este mesmo efeito atrativo, positivo, promove hodiernamente o desejo oposto, provocando um certo efeito estufa.
A economia paulista cresce sim, mas muito mais para os já crescidos: a remuneração média do trabalhador pouco excede o salário mínimo. As universidades públicas estaduais estão estagnadas não se contratam novos professores e os mais antigos e experientes contam os dias para a aposentadoria.
As faculdades e universidades particulares, outrora verdadeiras minas de ouro, casa de Midas, hoje demitem sem qualquer critério avaliativo quanto à produtividade ou meritocracia, sua massa crítica titulada e formada a duras penas.
Assim, a ascendência Centro-Oeste e Norte já é uma realidade. Alguns visionários souberam perceber essa dinâmica 20, 30 anos atrás, outros, como este missivista, ficaram presos às raízes e circunstâncias pessoais e familiares. Todavia, como se diz, sempre é tempo!
O Estado de São Paulo não deixou de ser atrativo, especialmente o seu interior. Contudo, este mesmo efeito atrativo, positivo, promove hodiernamente o desejo oposto, provocando um certo efeito estufa.
A economia paulista cresce sim, mas muito mais para os já crescidos: a remuneração média do trabalhador pouco excede o salário mínimo. As universidades públicas estaduais estão estagnadas não se contratam novos professores e os mais antigos e experientes contam os dias para a aposentadoria.
As faculdades e universidades particulares, outrora verdadeiras minas de ouro, casa de Midas, hoje demitem sem qualquer critério avaliativo quanto à produtividade ou meritocracia, sua massa crítica titulada e formada a duras penas.
Nesta região que começo a chamar de nossa, porque minha casa é onde estou, de certo modo, vê o reflexo positivo da bolha de ar que sobe do sul. Nossas faculdades e universidades (ou centros universitários), públicas e privadas, de nível semelhante (notadamente do ponto de vista ético e profissional) estão amplamente instaladas onde antes estava depositado o reduto de clientela sulista.
Simplificadamente, estudantes das regiões Norte e Centro-Oeste não procuram mais, desesperadamente, o encantamento que provinha do Sul-Sudeste. Preferem investir no que um dia estará sob seu comando, pois será sua herança cultural e patrimonial.
Com vistas a isto, foi esta somatória de atratores que me levou a escolher este Estado para prestar concurso para docência em universidade pública: o seu espírito jovem e florescente, na economia e nas mentes - sua gente de cores e falas que revelam o Brasil por dentro.
São Paulo, ao invés de aproveitar sua enorme rede de profissionais qualificados às custas do erário público mestres e doutores , investe milhões (amanhã serão bilhões) em Ensino à Distância. Mas, se perguntar aos experts, poucos saberão distinguir ou argumentar sobre autoria e/ou letramento digital.
Enfim, minha principal intenção é colaborar na criação/estímulo de centros de pesquisa, ensino e extensão. Em São Paulo, atualmente, vive-se uma ficção da realidade que já se foi.
Espero com isto, verdadeiramente, sinceramente, ser claro em meus propósitos e no que puder colaborar.
Vinício C. Martinez
Doutor em Educação pela USP e professor da UNIR