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Porto Velho tem festas regadas a bebida, drogas e sexo para crianças a partir dos 13 anos
Sexta-feira, 28 Dezembro de 2018 - 11:21 | por Sérgio Pires
As duas meninas entraram no carro, chamados por um desses aplicativos. Pouco mais que crianças, na faixa dos 14 anos. Visivelmente embriagadas, com cheiro de álcool. Poderiam estar drogadas também. O motorista as buscou onde foi chamado e as levou até um local distante, onde acontecia uma festa tipo rave, daquelas em que vale tudo. Duas crianças. Deveriam estar em casa, sob a guarda dos pais. Deveriam estar acolhidas e abrigadas. No trajeto para a tal festa, as duas brincavam, tentando uma tirar a roupa da outra. Iam acabar seminuas, até que o motorista pediu que elas parassem. Noutro lado da cidade, seguindo a convocação de um cartaz, meninos e meninas, alguns na faixa dos 13, 14, 15 anos, muitos já em estado de embriaguez ou drogados, se encontram para uma festança regada a muita bebida, drogas (algumas pesadas) e muito sexo. Começa às vezes no meio da tarde e não tem hora para terminar. Um dos motoristas de aplicativos que levou os pequenos para um desses lugares, ficou pensando onde estavam os pais delas ou onde estariam as autoridades do Juizado de Menores ou dos Conselhos Tutelares, que não sabem que, todos os finais de semana, em locais ermos, em prédios abandonados ou locais sem qualquer estrutura, dezenas de crianças e jovens se encontram para baladas onde também rola o sexo, como se estivessem todos em prostíbulos. Isso acontece aqui mesmo, na nossa cara, nos bairros de Porto Velho, em localidades escondidas, mas não tão secretas. Todos os finais de semana. Não são apenas alguns menores e nem sempre os mesmos. Há festas em que se contam dezenas e dezenas deles. Bebendo de tudo que se possa imaginar. Usando drogas. Crianças apenas. E quase todas já com uma vida sexual ativa.
Ora, se há motoristas de aplicativos que sabem; se há taxistas que certamente sabem, se centenas de pessoas conhecem o esquema, como as autoridades chamadas de “responsáveis” não sabem? Como não invadem esses locais promíscuos, tirando deles essa criançada? Como não as levam para a proteção do Estado, como manda a lei? Seria ótimo se os membros dos Conselhos Tutelares atuassem nesses casos como o fazem como quando estão em campanha atrás de votos, para serem eleitos para essa nobre missão. Seria ótimo se os governos de todos os níveis dotassem os Conselhos da estrutura necessária para que pudessem trabalhar e cumprir sua missão. Faltam viaturas, às vezes faltam telefones; outras, gasolina! E não há um trabalho integrado, que poderia, por exemplo, fazer uma parceria com motoristas de aplicativos e de táxi, para que eles pudessem ajudar no combate a essa tenebrosa situação. Mas aqui é o Brasil, onde a proteção às crianças existe mesmo em discursos ideológicos e sem resultado prático. Neste final de ano, só pra avisar, estão programadas pelo menos meia dúzia de festas destas, para destruir a vida das crianças. Será que não dá pra alguma autoridade se mobilizar?
Suamy e os filósofos
Sobre esse tema das crianças e da forma como as coisas estão sendo feitas, enchendo os pequenos de muitos direitos e quase nenhum dever, o novo secretário de Educação do Estado, professor Suamy Vivecananda, publicou nas redes sociais, nesta quinta, o que chamou de “Meditação”. Escreveu: “enquanto o Brasil praticar essa interpretação equivocada dos direitos na infância e na juventude, onde se permite tudo, onde menores podem tudo, continuaremos a tirar o direito maior destes indefesos, que é o de aprender a viver; o de preparar-se para a vida e para o mundo do trabalho; enfim para uma vida digna, onde se aprenda a exigir o direito de cumprir o dever”. O professor Suamy, que assumirá um posto crucial no novo Governo, divulga também pensamentos de grandes filósofos e comenta questões relacionadas com a educação, tema que ele domina com grande profundidade. Também na sua página no Face, Suamy destacou dois pensadores. De Immanuel Kant, foi buscar a frase: "é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade". E de Jean Jacques Rousseau, foi mais profundo: "as leis são sempre úteis aos que têm posses e nocivas aos que nada têm". Com seu profundo conhecimento da área e uma experiência de muitos anos, Suamy Vivecananda se prepara para comandar o maior orçamento e o mais complexo setor do novo governo.
Faltam só quatro dias...
Começou a contagem regressiva. A partir desta sexta, faltam pouco mais de 96 horas para a posse do novo governador de Rondônia. Terno encomendado, experimentado, discurso sendo revisado várias vezes, secretariado praticamente montado, projetos para os primeiros dias alinhavados e, enfim, Marcos Rocha começará a governar o Estado a partir da manhã de 1º de janeiro. Uma sessão especial da Assembleia Legislativa (que mudará sua sede momentaneamente para o Teatro Palácio das Artes), vai oficializar a passagem de comando de Daniel Pereira para o Coronel, eleito com a maior votação da história das eleições em Rondônia. É esse carioca da gema, que em 3 de agosto passado completou 50 anos, casado com dona Luana, quem chega para comandar um dos Estados mais prósperos da região norte e um com melhores perspectivas de crescimento entre todas as unidades da federação. Ao lado do seu vice o empresário José Atílio Salazar Martins, conhecido mesmo por Zé da Jodan, de Rolim de Moura, Marcos Rocha começa a governar levando consigo os sonhos de todos os rondonienses. Quando ele sair do Teatro, empossado, começará a fazer História. Esperemos todos que seja uma história rica em conquistas, em avanços e em melhorias. O que certamente conseguirá, se o povo que o elegeu estiver ao seu lado e ajudá-lo a realizar tudo o que ele planejou e prometeu.
O luto dos Camata em Rondônia
A família Camata de Rondônia está de luto, com o covarde assassinato do ex governador do Espírito Santo, Gerson Camata. Ele era irmão do radialista e homem de comunicação de Ji-Paraná, Waldemar Camata e tio do superintendente do Sebrae, Valdemar Camata Junior, Gerson foi um dos grandes governadores de um estado brasileiro, foi deputado federal e duas vezes senador e deixou seu nome na história do país. Foi dele, por exemplo, a criação que acabou se tornando o Estatuto do Desarmamento. Camata estava andando na rua, quando foi abordado por um ex assessor a quem estava processando e foi morto com um tiro à queima roupa. O assassino foi preso logo depois do crime. O assassinato chocou o país, pela forma como foi cometido, em plena rua, sem chances de defesa à vítima, um ancião de 77 anos. A morte de Gerson Camata afetou, de forma muito especial, pelo trágico, uma grande família em Rondônia, como afetou, de alguma forma, toda a comunidade brasileira.
Ano novo com cor local
Sem gastos, dando espaço para artistas locais, com um bom esquema de segurança: em resumo, será assim a festa de Réveillon em Porto Velho. A virada do ano, que no passado sempre tinha muitos gastos e shows caríssimos, dessa vez será muito mais modesta, mas sem custo algum. Acontecerá no coração da cidade, na confluência das avenidas Sete de Setembro e Farquhar, perto da área da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e será promovida pela Funcultural, comandada pelo experiente e sempre esforçado, Ocampo Fernandes. Ele diz que ““teremos de ter um réveillon diferente dos outros, com destaque total para os artistas locais, porque sabemos que temos cantores bons e com um público grande. O prefeito Hildon Chaves decidiu abrir mão de trazer banda de fora, porque precisamos economizar”. Ocampo informou ainda que haverá uma queima de fogos de 12 minutos, a partir da meia noite. Polícia Militar, Defesa Civil, Bombeiros Civis e Semtran, vão atuar na segurança da festa. Espera-se um grande público, mesmo sem as atrações nacionais de anos passados.
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Ainda sobre Padovani
Na coluna desta quinta, publicamos que o secretário da Agricultura, Evandro Padovani, o único do governo passado que está voltando ao cargo na administração de Marcos Rocha, tinha começado sua carreira política no MDB e depois transferiu-se para o PSL. Na verdade, Padovani foi convidado por Confúcio para comandar a Agricultura por indicação da classe produtora rondoniense. Ele nunca foi do MDB. Ingressou no PSL em 2018, foi candidato a deputado federal e fez quase 27 mil votos, embora não tenha sido eleito porque lhe faltaram pouco mais de mil votos. Agora, volta ao governo como companheiro de partido do governador.
Nossa carne é um sucesso!
Tem que tirar o chapéu para os produtores rurais de Rondônia. Os pecuaristas deram, outra vez, um show de respeito, competência e conscientização, vacinando praticamente 100 por cento dos mais de 14 milhões de cabeças de gado no Estado, contra a aftosa. Segundo a Idaron, os números exatos superaram os 14 milhões e 337 mil bovinos imunizados. Isso nos coloca como o sexto maior rebanho do país. Todo esse esforço, unindo governo e produtores, tem culminado com um crescimento significativo dos negócios com nossa carne, hoje considerada uma das melhores do mundo e comercializada com pelo menos 44 países. A boa sanidade do gado, livre de doenças como a aftosa, reflete diretamente na questão do crescimento econômico com a valorização cada vez maior dos nossos produtos derivados da pecuária. Mais ainda: a partir de maio do ano que vem, quando ocorrer a última campanha de vacinação contra a aftosa, Rondônia será considerada zona totalmente livre da doença sem vacinação, o que significará um salto ainda maior. Completamos mais de uma década e meia sem a aftosa no nosso gado e estamos aptos a ir mais longe, mundo afora. Isso sem contar que o know how rondoniense no controle total da doença, está ajudando também a mantê-la longe de nossas fronteiras, com parcerias feitas com o governo da Bolívia. Até 50 quilômetros da fronteira adentro, no país vizinho, são os rondonienses quem vacinam o gado deles, para que não haja risco algum ao nosso. Somos bons mesmo, também nesse quesito de controle de doenças do gado.
Perguntinha
Você concorda que as primeiras ações projetadas pelo governador Marcos Rocha, tão logo assuma o Governo, sejam direcionados por uma batalha para melhorar a saúde pública no Estado ou acha que deveria haver outras prioridades?