Artigos
Saúde e dieta
Segunda-feira, 16 Fevereiro de 2015 - 11:29 | SERAFIM GODINHO
Dieta é um termo presente em nossa vida em nosso cotidiano, que nos causa preocupações e sofrimentos. A facilidade que a vida nos oferece a cada dia com aumento de oferta de alimentos, a vida cada vez mais sedentária que a tecnologia nos oferece, faz com que a obesidade seja o maior motivo de insatisfação, traduzido na explosão do número de academias e a proliferação de dietas milagrosas.
A verdade é implacável: diminuir a ingestão de alimentos calóricos e uma vida mais ativa é o caminho natural para uma vida saudável e um corpo enxuto. O problema é que, fomos preparados para ingerir tudo que encontrar pela frente. Nossos antepassados distantes, que viviam de coleta, pesca e caça, em uma época em que ainda não existia a agricultura, tinham dificuldades de encontrar alimentos além dos riscos de deparar com um predador e se transformar em caça. Por isso, o ato de alimentar é tão agradável. Não fosse tão atrativo e agradável, no passado ninguém iria arriscar-se e ter o trabalho de procurar alimentos, e a espécie extinguiria. Alias, assim funciona a evolução, aqueles mais fracos, vivem pouco, não passam seus genes e os mais fortes prevalecem. O ato de alimentar desencadeia a produção de um hormônio, a endomorfina que invade a corrente sanguínea, elevando o nível de satisfação. Está aí o motivo de pessoas deprimidas e ansiosas se alimentarem mais. São exímias assaltantes de geladeiras. E aí, o motivo de ser tão difícil e sofrido fazer dieta.
É que, em termos de evolução, mudanças são realizadas em milhares de anos. O homem descobriu a agricultura há aproximadamente dez mil anos, e embora hoje termos alimentos à vontade vendido em mercados, termos toda uma tecnologia em nossas cozinhas que facilitaram e ato de se alimentar, mesmo assim nosso cérebro age como se necessitássemos de comer tudo hoje, como se amanhã não encontrasse algo para se alimentar.
Esse o motivo das novas gerações terem tendência para obesidade, e do aparecimento das academias e das dietas.
Preocupa-nos a proliferação de dietas milagrosas, para citar um exemplo, está na moda evitar alimentos sem glúten.
Tem gente que engorda quando corta o glúten, portanto, cuidado! Se a pessoa não tiver intolerância e suprimir o glúten para perder peso, pode sentir mais fome e comer em excesso. Nesse caso, o jeito é devolver o glúten à dieta para garantir a saciedade. Mas é importante dar preferência à versão integral e, para que a perda de peso aconteça, deve ser combinado com fontes de proteína magra (peixe, frango, ovo) e de gordura boa (azeite extra virgem, castanhas, sementes de chia e linhaça) em proporções adequadas. Outro problema: alimentos sem glúten costumam custar até o dobro de seus similares tradicionais, além de serem calóricos.
Pior ainda são os medicamentos usados para “emagrecer”, alguns manipulados, que tem de tudo, inclusive diuréticos que vai promover a perda de líquidos, ocasionando o emagrecimento enquanto no uso dos medicamentos. Depois para recuperar basta tomar água e ainda, como castigo, além de ganhar todo o peso anterior, ainda “ganha” alguns extras.
Não há segredo, assim como o ganho de peso ocorre gradualmente, ingerindo alimentos inadequados e calóricos em excesso, a perda de peso se faz gradualmente alimentando-se menos e com parcimônia. Se você tem uma vida sedentária e baixa metabolismo, somente a reeducação alimentar, acompanhada de atividades físicas vai resolver gradualmente e de maneira permanente o seu controle de peso.
É obvio que existem doenças que favorecem o ganho de peso, por isso, a recomendação é: procure um médico endocrinologista e uma Nutricionista. Não siga dietas padronizadas, porque alguém a faz. Lembrem-se cada caso é diferente, as pessoas são deferentes, o metabolismo também, somente profissionais competentes vai poder lhe orientar.
Pensamento
Uma filosofia sobre a felicidade não pode ser considerada ingênua; ela é antes um pensamento que reconhece o mundo tal qual ele é e que propõe um modo de colocar-se diante disso. Em sua Ética, Aristóteles coloca um paradoxo fundamental da felicidade: embora todos queiram ser feliz, a noção de “felicidade” varia de pessoa para pessoa. O que é, então, ser feliz? Vários filósofos desenvolveram respostas para essa pergunta, elaborando diferentes concepções do que é a felicidade, do consumo desenfreado de produtos até a realização pessoal. Em minha opinião, definiria felicidade junto à verdade e à paz no texto: Não procures a verdade fora de ti, ela está em ti, em teu ser. Não procures o conhecimento fora de ti, antes de tudo conheça a ti mesmo. Não procures a paz fora de ti, ela está instalada em teu coração. Não procures a felicidade fora de ti, em outros lugares ou em outras pessoas, ela habita em ti, somente em ti.