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Socorro Ministério Público!

Sexta-feira, 23 Novembro de 2018 - 09:30 | por Sérgio Pires


Socorro Ministério Público!

Por falar em Ministério Público, não está na hora dos nossos dedicados membros do órgão começarem a se mexer, chamando para si a responsabilidade de agir contra o que está acontecendo no Espaço Alternativo? Ora, se nenhuma autoridade das chamadas competentes está resolvendo a situação esdrúxula em que se encontra aquele que deveria ser o mais belo e completo local de lazer da comunidade; se a Prefeitura diz que o problema é do Governo e o Governo diz que o problema é da Prefeitura, não estará na hora de uma intervenção séria do MP, chamando todo o mundo para resolver o assunto ou tomando medidas drásticas para que os que estão lavando as mãos, assumam suas responsabilidades? O Espaço se transformou num verdadeiro centro de alimentação improvisado, com mesas nos locais onde os portovelhenses deveriam estar realizando suas caminhadas, com som absurdo de músicas horrorosas, com venda disso e daquilo; com a sujeira tomando conta do local; com drogas e gente vagabunda fazendo farra à noite. Quando não há quem assuma a responsabilidade, vira essa mixórdia. A sugestão da coluna é que o Ministério Público ingresse com ação na Justiça, pedindo o fechamento do Espaço, totalmente, até que seja feito um acordo de responsabilidade sobre o controle, organização e fiscalização. E é bom que isso seja feito antes que se torne tarde demais, porque do jeito que está, só falta agora cobrança de pedágio para quem quiser andar na área com sua família, de parte do que a transformaram numa baderna.

Uma tragicomédia com vários atos: conserto da peça quebrada no teatro interditado custaria menos de r$ 300

Façamos de conta que é uma peça de teatro, com vários atos. O primeiro deles seria relacionado com falhas humanas. São as mais comuns e as que mais causam desastres em todo o mundo. Baseada na vida real, uma peça que contasse o que aconteceu com o Teatro Palácio das Artes, em agosto passado, registraria, como o fez o laudo oficial sobre um acidente, que derrubou uma peça de contrapeso da cortina de boca de cena, enquanto se preparava para apresentação de uma história contando a vida do grupo Mamonas Assassinas, que houve única e exclusivamente falha humana. Não erro de construção. Não erro de estrutura. Zero erro de planejamento. Foi erro humano, no manuseio da peça. Uma tentativa provável de gambiarra? O que o laudo resume é que nada tem a ver com qualquer erro na obra ou na instalação da peça. Um especialista no assunto chegou a comentar, ontem, que “o funcionamento da peça de contrapeso é como em qualquer teatro do mundo. Alguém mexeu nela de forma errada e deu no que deu”. O laudo oficial confirma isso. Ou seja, o segundo ato da mesma peça poderia ser contextualizado como incompetência de se mexer no que não se sabe mexer. Coloque-se, aí, como uma pitada tragicômica, enquanto o andamento do espetáculo teatral, a vergonhosa inação dos responsáveis. Quando houve o acidente (pequeno) no Palácio das Artes, havia necessidade de se substituir uma peça que custaria, exagerando, 300 Reais. Mais alguns consertos. Vamos supor que fossem 2 mil reais no total, par\ mexer em tudo o que fosse necessário. Vários meses depois, nada foi feito. Infelizmente, não é o fim. Acrescentou-se ainda um pouco de exagero, como nas tragédias gregas, impedindo o uso do teatro por vários grupos, inclusive os de danças, que iriam fazer apresentações já agendadas há tempo, nesses últimos dois meses do ano. Embora não haja qualquer empecilho para que isso ocorra, o exagero determinou que o palco não fosse usado, embora a única coisa que se precisasse fazer, como o contrapeso está estragado, era abrir e fechar as cortinas manualmente. É uma comédia ou uma sucessão de besteirol? O público é que defina que tipo de peça teatral do absurdo resume o que aconteceu no nosso Palácio das Artes. Aguardemos o último ato.
Caso a situação continue assim, com toda essa desorganização e a falta de solução para problemas tão simples, não seria melhor o Governo fazer logo uma parceria, por exemplo, com a Unopar? Ela tem o Teatro Sérgio Pires de Andrade (o nome é apenas coincidência), onde ocorrerá, dia 18 de dezembro, a diplomação dos eleitos neste ano. A cerimônia acontece pela terceira vez no local, que tem mais de mil lugares, ar condicionado de qualidade, som de primeira, amplo estacionamento e uma estrutura invejável. Não poderia ser lá, também, a posse do novo Governador, ao invés de se correr o risco de, na última hora, em 1º de janeiro próximo, ter-se que mudar do Teatro Palácio das Artes interditado? Enfim, fica a dica!

Mais burocracia, menos respeito

Fabiano Barros, presidente da Fundação Cultural que cuida do teatro, disse ontem à imprensa que o Palácio das Artes vai ficar fechado até o início de 2019, porque o Corpo de Bombeiros exige mudanças na segurança do local e terá que ser contratada uma empresa para realizar as transformações necessárias. Ou seja, tudo o que a burocracia adora. Mais serviço, mais concorrências, mais fiscalização, mais demora. Os bombeiros já deram o laudo de liberação do prédio em 2014 e não teriam mais nada a fazer no local. Ou teriam? Não se sabe ao certo. O que se sabe é que a história, por causa de míseros 300 reais, tomou uma dimensão que não se pode compreender. Um pouco de gestão, um pouco de boa vontade, um pouco de respeito ao público e o nosso Teatro, um dos mais lindos e completos da Região Norte, que demorou mais de 20 anos para ser concluído, estaria sempre de portas abertas, atendendo aos milhares de pessoas que o querem ver funcionando. Com esse negócio de nova concorrência para remendos e de empurrar com a barriga a solução de um problema tão pequeno, a posse do novo Governador só acontecerá ali, no primeiro dia de janeiro, caso se fechem os olhos para os inúmeros problemas que dizem que os há. Uma coisa lamentável. Não tem jeito mesmo! Nossa Capital está cheia de sapos enterrados, porque o que avança num dia, retrocede no dia seguinte.

Dólares para a floresta

O ativismo ambiental e o olho gordo internacional na nossa Amazônia, continuam cada vez mais ativos. As ações de ONGs internacionais e de vários governos, sempre nos incluem em seus projetos e discursos de “proteção da floresta”. Claro que há muitos projetos dignos de elogios, mas, no geral, a gente sabe muito bem quais são os reais interesses, na maioria dos casos, daqueles que querem fazer de conta que a Amazônia também é deles. Não é, claro. Geralmente, eles vêm com a velha conversa mole de que querem ajudar a proteger a floresta e, de vez em quando, acabam mostrando suas garras, como quando os japoneses tentaram registrar o cupuaçu, como se fosse de propriedades deles. Nesta sexta, em Porto Velho se realiza, contudo, um evento importante, que merece atenção. O projeto “Governança Climática para Rondônia”, com a participação de governadores de Estados de diversos países (além do Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Equador, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, México, Nigéria e Peru), promove uma Força-Tarefa de Governadores para o Clima e Florestas. O grupo se reúne para debater os problemas da região, mas, ao mesmo tempo, anunciar um investimento de mais de 365 mil dólares, em projetos de proteção florestais, apenas no nosso Estado. Pelo menos nesse programa, além da conversalhada de sempre, anuncia-se investimentos concretos. Já é um diferencial dos malandros que só querem usufruir da nossa Amazônia, tirando tudo o que podem...

Um diamante de 26 quilates

Por falar nisso, e sempre bom lembrar que todos os dias estamos sendo roubados, vilipendiados, enganados por gente que leva nossas riquezas embora, sem deixar nada conosco. Parece mentira, mas fazem tudo isso com a mais ampla e vergonhosa concordância dos nossos governos, que preferem que Rondônia e o Brasil percam absolutamente tudo o que têm de extrema riqueza em seu subsolo, do que criar leis que permitam a exploração controlada e legalizada, com pagamento de impostos que poderiam, apenas eles, resolver grande parcela de todos nossos problemas em todas as áreas. Nessa semana, um portovelhense pegou em sua mão uma pedra de diamante puríssima, retirada da área Roosevelt, dos índios Cinta Larga (aquela que a Polícia Federal garante que está isolado e de onde, segundo nossas autoridades, nada sai ilegalmente!), que já foi levado para fora do país e será vendida, no mercado internacional, por algo em torno de 1 milhão de reais. A pedra, puríssima, tinha nada menos do que 26 quilates. Apenas por ideologia doentia e visão estrábica da realidade, foi crida uma legislação de amplo apoio aos contrabandistas internacionais, em detrimento dos verdadeiros donos da terra. Os Cinta Larga (com exceção de alguns caciques que negociam com os que roubam os diamantes em sua área), vivem na doença e na fome, enquanto autoridades brasileiras discursam, em defesa do ambiente. Perdemos tudo o que a natureza nos presenteou. Para nós só ficam a desgraça dupla: pobreza, miséria, doenças e nada maios e, ainda, termos que ouvir discursos idiotas de autoridades idiotas. Lamentável!

MP premia jornalistas

Uma homenagem especial da coluna a dois dos vencedores do concurso de Jornalismo do Ministério Público de Rondônia e, em nome deles, se estende o respeito profissional e os cumprimentos aos demais colegas que tiveram seus trabalhados premiados. Yale Dantas, da Rede TV, venceu pela segunda vez na área de reportagem televisiva. Já o jornalista Vinicius Canova, com uma reportagem de grande qualidade, sobre a ação do MP no caso das suspeitas de desvios de recursos públicos nas obras da ponte em Ji-Paraná, no Anel Viário, foi também vencedor, ele pela terceira vez. Canova, destaque do jornalismo do site Rondônia Dinâmica, comandada por Rostand Agra, ganhou outro primeiro prêmio (em 2016) e um segundo e terceiros lugares, no ano passado. O site tem se destacado pela qualidade de suas informações e Vinicius tem se tornado um dos profissionais mais respeitados da área, com um texto inigualável. Os primeiros colocados receberam prêmios em dinheiro e diplomas e os demais foram agraciados com troféus, numa concorrida cerimônia promovida pelo competente e destacado MP rondoniense.

Elton e a valorização da OAB

O novo presidente da OAB, recém-eleito para um mandato de três anos, é o entrevistado do programa Direto ao Ponto deste sábado. A entrevista, que vai ao ar a partir das 10h30 na Record News Rondônia, pode ser assistida também pelo site Gente de Opinião, a partir da noite de sábado, além de outros sites de notícias do Estado. Na conversa com o apresentador Sérgio Pires, Elton Assis fala dos seus planos no comando da entidade até 2021; da decisão de acabar com a reeleição na entidade, dos planos de interiorização da OAB e da valorização das mulheres advogadas. Os novos rumos de Rondônia, sob o comando do Coronel Marcos Rocha e do Brasil, com Jair Bolsonaro à frente, também fazem parte da pauta. Elton venceu as eleições na OAB rondoniense e, logo após sua vitória, até com alguma folga, ele decretou o fim da disputa e a união da categoria, em torno de objetivos comuns não só para a entidade dos advogados, mas para todo o contexto da atuação deles em todas as áreas. Não perca, porque vale a pena se conhecer um pouco mais desse novo líder de quase dez mil advogados rondonienses.

Perguntinha

Você sabia que apenas uma draga com alguma potência, pode retirar do rio Madeira, em área onde o metal é mais abundante, todos os dias, algo em torno de três quilos de ouro, que valeriam no mercado, hoje, nada menos do que 440 mil reais?



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