Marcos Rocha vendendo o peixe

Há exatamente 9 anos, a saudosa revista Visão Rondônia, voltada para assuntos do agronegócio, já anunciava uma expansão das lavouras do café, batizando a cultura como “Ouro em Grãos”, em sua manchete. Na época, os médios e grandes produtores estavam investindo na tecnificação, operando máquinas para reduzir custos e ampliando os campos com irrigação para aumentar a produtividade. Nessas andanças da equipe do periódico mensal, faltava um ingrediente para tornar o café realmente um grande negócio: o apoio fundamental do Governo de Rondônia.

Passados alguns anos, a agricultura familiar emitiu claros sinais de crescimento vertiginoso. Os pequenos produtores, aqueles que empregam filhos, pais e esposas no sustento familiar e fazem girar a roda da economia nos municípios, começaram a sentir o sabor do sucesso. O café, antes viável economicamente apenas para os médios e grandes, caiu na graça também dos agricultores familiares. Como não dispunham de grandes áreas para cultivo, a saída foi apostar na qualidade. Que o diga a agricultura Suely da Graça Rezende, da chácara Santo Antônio, de Rolim de Moura, reconhecida como a produtora do melhor café do Brasil, pontuando 90,44, na 7ª edição do Concurso Florada Premiada da Semana Internacional do Café (SIC) realizada em Belo Horizonte (MG) todos os anos.

Mas, chegar até a premiação como essa não foi fácil. Além dos esforços dos produtores, entrou em cena um personagem fundamental para alavancar a qualidade do café: o Governo de Rondônia. Visionário, o governador Marcos Rocha enxergou na qualidade um caminho para o crescimento da renda e melhoria de vida do cidadão do campo. Lançou, por meio da da Secretaria de Estado da Agricultura, os incentivos necessários para qualificação das mudas, sementes e do produto final. Hoje, a Seagri realiza anualmente concursos do café, e alguns são selecionados para a Semana Internacional do Café em Minas, onde Rondônia lidera com sucesso a Florada Premiada todos os anos. Os técnicos receberam incentivos do governo estadual para trabalhar junto ao produtor nas melhores práticas de cultivo, manuseio e colheita. 

Os resultados da política pública do governo são traduzidos em números. Segundo a Conab, Rondônia vem batendo recordes todos os anos da safra. Em 2023, foram 3,196 milhões de sacas. A qualidade e produtividade expandiram os negócios internacionais, gerando US$ 17,5 milhões em exportações. Nossos principais compradores são Bélgica, EUA e Colômbia. 

Igual ao nosso tambaqui, o café é mais nova jóia da coroa rondoniense, e o próprio governador Marcos Rocha tornou-se o embaixador dessas culturas, vendendo nosso produto Brasil afora, fazendo o dever de casa como um bom estadista que visita o mundo dizendo: Rondônia produz, e produz o que há de melhor!