Geral
Empresa começa a retirar caminhões de área que cedeu às margens do Madeira
Quinta-feira, 25 Agosto de 2016 - 19:12 | Da redação
Os veículos levados para a margem do Rio Madeira após deslizamento do barranco no último dia 13, começaram a ser retirados nesta quinta-feira pela Empresa Emam, responsável pela área.
Uma balsa e mais de duas máquinas pesadas estão sendo utilizadas para puxar as carretas, motocicletas e camionetes que foram engolidas pelo deslizamento de terra. Depois da entrega do plano de contingência, com informações técnicas de como o serviço seria realizado de maneira segura, apresentado ao Ministério Público Federal e demais órgãos de competência, as máquinas trabalham para reparar o prejuízo.
Mas área continua sob observação da Defesa Civil da capital (DCM) apresentando risco de novos deslizamentos. A trinca na terra continua aumentando gradativamente, e várias outras trincas ao longo de toda a Área de Proteção Ambiental (APA) já foram registradas pela DCM. Segundo Marcelo Santos, coordenador do órgão, o isolamento do local será preservado, e cinco famílias devem sair o quanto antes das cinco casas próximas ao local e já foram notificadas, mas não querem aceitar a retirada.
O problema é que eles não querem mesmo deixar o local. Muitos até já foram contemplados anteriormente com casas ou apartamentos de programas habitacionais populares, e não querem aceitar que precisam sair de lá, mesmo com garantia de nova moradia, explica o coordenador.
A Emam é o único empreendimento instalado na APA e os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram ao Município a revisão do licenciamento dado à empresa, e se necessário, a cassação da autorização. Além do isolamento da área, a empresa foi acionada para a contratação de uma agência terceirizada de segurança para guardar a área, evitando que curiosos continuem se arriscando para ver de perto o local do incidente.
Marcelo Santos atribui o fato e ainda o risco de novos deslizamentos a vários fatores, entre eles o assoreamento do rio, com uma seca histórica nunca antes registrada, ao banzeiro provocado pela usina de Santo Antônio - tão próxima ao local, e aos sedimentos deixados à margem pela enchente de 2014, a maior que já aconteceu em Porto Velho.
Questionado sobre a possibilidade de acontecer da mesma forma um deslizamento na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o coordenador da DCM afirma que não há com o que se preocupar, já que a contenção de pedras feita em toda a orla da praça é firme e já segurou, inclusive, quando a enchente atingiu toda a região.
Estrada do Belmont
Em contrapartida, outras áreas ainda podem sofrer com o problema. Na Área de Preservação Permanente (APP) que acomoda várias empresas de transporte na Estrada do Belmont, Bairro Nacional. Estamos encaminhando relatório esta semana para o Departamento de Estradas e Rodagens do Estado (DER), que é o responsável pela estrada, para alertar que no nosso levantamento de outras áreas de risco, lá também constatamos erosão fluvial, revela Marcelo.
Embora o departamento tenha recuperado a estrada, não houve contenção na lateral. As empresas todas que trabalham ali tem suas contenções, mas isso é serviço que custa milhões. Nós observamos que por baixo da estrada, já existe uma corrosão causada pela curva que a água do rio vai fazendo, e o risco de desabamento da estrada é iminente, completa o coordenador.
Uma balsa e mais de duas máquinas pesadas estão sendo utilizadas para puxar as carretas, motocicletas e camionetes que foram engolidas pelo deslizamento de terra. Depois da entrega do plano de contingência, com informações técnicas de como o serviço seria realizado de maneira segura, apresentado ao Ministério Público Federal e demais órgãos de competência, as máquinas trabalham para reparar o prejuízo.
Mas área continua sob observação da Defesa Civil da capital (DCM) apresentando risco de novos deslizamentos. A trinca na terra continua aumentando gradativamente, e várias outras trincas ao longo de toda a Área de Proteção Ambiental (APA) já foram registradas pela DCM. Segundo Marcelo Santos, coordenador do órgão, o isolamento do local será preservado, e cinco famílias devem sair o quanto antes das cinco casas próximas ao local e já foram notificadas, mas não querem aceitar a retirada.
O problema é que eles não querem mesmo deixar o local. Muitos até já foram contemplados anteriormente com casas ou apartamentos de programas habitacionais populares, e não querem aceitar que precisam sair de lá, mesmo com garantia de nova moradia, explica o coordenador.
A Emam é o único empreendimento instalado na APA e os Ministérios Públicos Federal e Estadual recomendaram ao Município a revisão do licenciamento dado à empresa, e se necessário, a cassação da autorização. Além do isolamento da área, a empresa foi acionada para a contratação de uma agência terceirizada de segurança para guardar a área, evitando que curiosos continuem se arriscando para ver de perto o local do incidente.
Marcelo Santos atribui o fato e ainda o risco de novos deslizamentos a vários fatores, entre eles o assoreamento do rio, com uma seca histórica nunca antes registrada, ao banzeiro provocado pela usina de Santo Antônio - tão próxima ao local, e aos sedimentos deixados à margem pela enchente de 2014, a maior que já aconteceu em Porto Velho.
Questionado sobre a possibilidade de acontecer da mesma forma um deslizamento na Praça da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, o coordenador da DCM afirma que não há com o que se preocupar, já que a contenção de pedras feita em toda a orla da praça é firme e já segurou, inclusive, quando a enchente atingiu toda a região.
Estrada do Belmont
Em contrapartida, outras áreas ainda podem sofrer com o problema. Na Área de Preservação Permanente (APP) que acomoda várias empresas de transporte na Estrada do Belmont, Bairro Nacional. Estamos encaminhando relatório esta semana para o Departamento de Estradas e Rodagens do Estado (DER), que é o responsável pela estrada, para alertar que no nosso levantamento de outras áreas de risco, lá também constatamos erosão fluvial, revela Marcelo.
Embora o departamento tenha recuperado a estrada, não houve contenção na lateral. As empresas todas que trabalham ali tem suas contenções, mas isso é serviço que custa milhões. Nós observamos que por baixo da estrada, já existe uma corrosão causada pela curva que a água do rio vai fazendo, e o risco de desabamento da estrada é iminente, completa o coordenador.