Moradores relatam desespero após desmoronamento à margem do Madeira

Os moradores do bairro Triângulo relatam muito medo e estado de choque no momento em que houve o deslizamento de terras às margens do Rio Madeira, em Porto Velho, na tarde do último sábado (13). O desbarrancamento no Bairro Triângulo arrastou pelo menos 15 carretas de uma empresa particular, uma caminhonete e três motocicletas, e ainda atingiu a adutora da Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd).

Ainda assustado nesta segunda-feira (15), o pescador Francisco conta que estava próximo onde aconteceu o desabamento. Ele relata que estava pescando e escutou um grande barulho, ao virar-se viu uma enorme cratera engolindo tudo que estava no local. “Eu estava pescando próximo onde aconteceu, por volta das 17h30min, quando escutei o barulho alto. A força foi tão grande que formaram ondas indo até o outro lado do rio. Realmente foi assustador”, relembra o pescador que também é morador do bairro.

Ainda segundo o pescador, algumas pessoas que estavam no local no momento do acidente, saíram correndo e receberam ajuda de amigos para saírem mais rápidos do local.

No Bairro Triângulo, um morador que prefere não se identificar, conta que estava em casa com a família na hora do deslizamento e sentiu tremer tudo. “Nós estávamos reunidos na sala de casa quando escutamos o barulho, de imediato corremos para ver o que tinha acontecido, foi quando a gente viu aquela enorme cratera com vários caminhões dentro”, relata.

Segundo a Defesa Civil do município, a área foi interdita porque conta do risco de novos deslizamentos. Ainda na manhã desta segunda-feira, o órgão notificou algumas famílias onde as casas foram atingidas e colocam em risco da segurança. A partir de agora, as famílias que não tiverem local para se abrigar, devem ser alojadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social.

O RONDONIAGORA entrou em contato com a empresa Emam Asfaltos, responsável pela área, mas eles preferiram ainda não se manifestar sobre o assunto. A Defesa Civil disse que aguarda um plano da empresa para retirar as carretas e os sedimentos do local.