Geral
Filas gigantes se formam nas agências em Porto Velho após a greve dos bancários
Sexta-feira, 07 Outubro de 2016 - 10:28 | Da redação
No primeiro dia após o fim da greve dos bancários, filas gigantescas se formaram em frente as agências bancárias desde as primeiras horas da manhã em Porto Velho. A paralisação durou 31 dias e foi encerrada no final de quinta-feira (6).
Em frente a Caixa Econônica Federal, na Avenida Carlos Gomes, a fila já ocupava duas quadras, antes mesmo das 9 horas. A professora Maria Santos, de 39 anos, diz que por conta da greve não conseguiu ser atendida e teve que esperar para procurar novamente a agência bancária. “Cheguei cedo aqui, porque já venho tentando resolver meu problema, mas até hoje não consegui. Estou vindo aqui pela segunda vez, espero que hoje eu consiga ser atendida, mesmo com essa demora toda”, diz a professora Maria Santos.
O carpinteiro Raimundo Nonato, de 59 anos, reclama da demora na fila. “Eu estou sem trabalhar, sem dinheiro e o pouco dinheiro que tenho pra receber está no banco. Mas olha o tamanho dessa fila. Eu cheguei aqui de madrugada e não sei que horas vou sair daqui porque essa fila não anda, está demorando demais”, disse.
A dona de casa Maria do Rosário, de 57 anos, assim que soube do fim da greve, se arrumou e correu para o banco pois precisa abrir uma conta. “Eu só saio daqui quando eu conseguir abrir minha conta, porque tenho que receber meu dinheiro. Essa greve atrapalhou tudo, minhas contas estão todas atrasadas”, disse a dona de casa.
Já a dona de casa Vilaci Silva da Costa, de 49 anos, saiu cedo para tentar resolver os problemas atrasados e quando achou que teria atendimento, ela foi encaminhada para a agência central da CEF. “Eu vim de outro banco, passei um bom tempo na fila. Perdi meu tempo porque fui encaminhada pra cá. E aqui me deparo com essa fila gigantesca. É difícil ficar e ainda mais sob sol quente”, reclama a cliente do banco.
O movimento grevista nacional dos bancários terminou na quinta-feira (6), após proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em assembleias gerais com a categoria de bancos privados e públicos, os bancários aceitaram o reajuste salarial de 8% para este ano e mais um abono de R$ 3.500. Terão ainda aumento no vale-refeição de 10%, 15% no vale-alimentação, 10% no auxílio-creche e licença-maternidade de 20 dias e anistia total dos dias parados.
Em Porto Velho, a decisão da maioria acatou a proposta e as atividades bancárias recomeçaram nesta sexta-feira (7). O acordo prevê também para 2017 o reajuste de salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ficando acima do índice com 1% de aumento real. Foram 31 dias de greve geral. Somente os funcionários da Caixa Econômica Federal em alguns estados do país mantiveram a greve.