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GREVE NA UNIR: O direito de espernear tem seus limites. E os dois lados da informação?
Segunda-feira, 19 Setembro de 2011 - 19:57 | Elianio Nascimento
A greve na Universidade Federal de Rondônia (Unir) é legitima e até demorou para acontecer em razão das séries de irregularidades que vem sendo denunciadas há tempos, inclusive com várias publicações no RONDONIAGORA e isso pode ser constatado CLICANDO AQUI.
Desde que o movimento grevista foi decretado, inicialmente por professores e em seguida pelos alunos, o jornal manteve firme a divulgação de notícias sobre a paralisação. Na sexta-feira, divulgou vídeos com o manifesto dos universitários, vídeos esses com mais de 10 minutos de exibição, que podem ser vistos CLICANDO AQUI.
Nos últimos dois dias os dois lados se rebelaram contra o RONDONIAGORA. No sábado a assessoria da Unir alegou que as declarações constantes nos vídeos não eram verdadeiras e que o reitor não saiu nos veículos de comunicação chamando ninguém de baderneiros. A assessoria foi informada que não havia, obviamente, como mudar o teor dos vídeos. Foi o primeiro esperneio.
Nesta segunda-feira, o jornal começou a receber dezenas de comentários a respeito dessa notícia: “Reitoria da Unir diz que comando não quis negociar”. Fomos acusados de sermos parciais entre tantas outras críticas. Diziam os revoltados alunos que a verdade era outra, que havia um pedido para uma reunião em um outro lugar. Nem se deram conta de que a informação, verdadeira ou não tinha como fonte a própria reitoria e era uma versão oficial. O título já deixava isso claro, mas queriam que noticiássemos apenas o lado deles da história.
É legitimo o direito dos lados em espernear sobre as notícias que são levadas ao ar. Obviamente que o controle editorial de um veículo de comunicação deve estar atento ao que é publicado, mas não deve deixar de considerar as duas posições sobre qualquer caso. Abrimos exceções para casos judiciais, uma vez que naquele âmbito os lados já apresentaram seus pontos de vista. Cabe a nós a divulgação tão somente.
Se é legitimo espernear, soa como anormal a tentativa dos dois lados em querer impor apenas uma razão. E ainda mais quando essa exigência de parcialidade vem de uma instituição federal, seja por sua direção, ou pelos estudantes, que deveriam zelar e proteger o direito constitucional da liberdade de expressão. Fazer ameaças ou xingamentos faz parte de todo esse processo de revolta que gerou a greve. Mas a busca de apoio a esse belo movimento começa pela educação que nesse momento falta a uma pequena parte de manifestantes.
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