Polícia
OPERAÇÃO PLATÉIAS: DELAÇÃO DE BATISTA DETALHOU COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
Quinta-feira, 20 Novembro de 2014 - 08:54 | RONDONIAGORA
A Polícia Federal e o Ministério Público do Estado confirmam que a Operação Platéias, desencadeada nesta quinta-feira para acabar com quadrilha enraizada no Governo Confúcio Moura (PMDB) é um desdobramento da Operação Termópilas, que atuou logo no início da gestão do atual governante e que levou para a cadeia o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Valter Araújo e o ex-secretário da Saúde, José Batista.
A delação premiada, revelada em outubro pelo RONDONIAGORA, foi fundamental para acabar com a quadrilha, uma vez que detalhou como efetivamente agia o bando. Nele são detalhados por exemplo a ação criminosa do cunhado de Confúcio Moura, o todo poderoso Francisco de Assis Oliveira e também de Wagner Luis de Souza, o Bocão, que mandavam em toda a estrutura do Governador. Batista explicou que empresários só recebiam do Estado se pagassem propina. Veja manifestação do MP nesta quinta-feira:
Os trabalhos tiveram como ponto de partida a descoberta de novas provas quando da apuração que revelou o esquema desmantelado pela Operação Termópilas, deflagrada em 18 de novembro de 2011. Assim, no curso desta investigação, observou-se existir outro grupo criminoso, o qual estava também praticando condutas para saquear os cofres público. Em virtude disso foi instaurado, no ano de 2012, o inquérito policial, preliminarmente no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia o qual, posteriormente, foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça, em virtude de suposto envolvimento de detentor de foro por prerrogativa de função Governador de Estado nos crimes apurados.
Durante todo o período investigativo, o Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado GAECO em apoio a Procuradoria Geral da República, atuou para descortinar e pôr fim ao escandaloso esquema criminoso, a exemplo de: tomada de depoimentos em fase policial e judicial, inclusive no Superior Tribunal de Justiça, acordos de colaboração premiada, análise da pertinência de processos a serem auditados pela Controladoria Geral da União, requisição de documentos, dentre outros.
Com base em todas as provas colhidas requereu-se, por fim, ao Superior Tribunal de Justiça as seguintes medidas, as quais estão sendo cumpridas na data de hoje: 1) prisão temporária de servidores públicos e de empresários beneficiados nas contratações; 2) conduções coercitivas de diversos investigados, dentre eles servidores públicos e empresários; 3) buscas e apreensões em residências, empresas e repartições públicas; 4) auditoria em inúmeros contratos, além dos já auditados pela Controladoria Geral da União; 5) sobrestamento de parte dos pagamentos devidos pelo Estado de Rondônia às empresas envolvidas no esquema criminoso; 6) afastamento das funções públicas dos servidores envolvidos.
O esquema montado pela organização criminosa movimentou, durante os últimos 4 anos, a milionária cifra de mais de 1 bilhão de reais, dos quais parte foi desviada em proveito criminoso.
O nome Plateias remete ao épico combate ocorrido após a batalha de Termópilas, e que foi fundamental para a vitória dos gregos sobre os persas, no ano de 479 a.C.
A delação premiada, revelada em outubro pelo RONDONIAGORA, foi fundamental para acabar com a quadrilha, uma vez que detalhou como efetivamente agia o bando. Nele são detalhados por exemplo a ação criminosa do cunhado de Confúcio Moura, o todo poderoso Francisco de Assis Oliveira e também de Wagner Luis de Souza, o Bocão, que mandavam em toda a estrutura do Governador. Batista explicou que empresários só recebiam do Estado se pagassem propina. Veja manifestação do MP nesta quinta-feira:
Os trabalhos tiveram como ponto de partida a descoberta de novas provas quando da apuração que revelou o esquema desmantelado pela Operação Termópilas, deflagrada em 18 de novembro de 2011. Assim, no curso desta investigação, observou-se existir outro grupo criminoso, o qual estava também praticando condutas para saquear os cofres público. Em virtude disso foi instaurado, no ano de 2012, o inquérito policial, preliminarmente no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia o qual, posteriormente, foi enviado ao Superior Tribunal de Justiça, em virtude de suposto envolvimento de detentor de foro por prerrogativa de função Governador de Estado nos crimes apurados.
Durante todo o período investigativo, o Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado GAECO em apoio a Procuradoria Geral da República, atuou para descortinar e pôr fim ao escandaloso esquema criminoso, a exemplo de: tomada de depoimentos em fase policial e judicial, inclusive no Superior Tribunal de Justiça, acordos de colaboração premiada, análise da pertinência de processos a serem auditados pela Controladoria Geral da União, requisição de documentos, dentre outros.
Com base em todas as provas colhidas requereu-se, por fim, ao Superior Tribunal de Justiça as seguintes medidas, as quais estão sendo cumpridas na data de hoje: 1) prisão temporária de servidores públicos e de empresários beneficiados nas contratações; 2) conduções coercitivas de diversos investigados, dentre eles servidores públicos e empresários; 3) buscas e apreensões em residências, empresas e repartições públicas; 4) auditoria em inúmeros contratos, além dos já auditados pela Controladoria Geral da União; 5) sobrestamento de parte dos pagamentos devidos pelo Estado de Rondônia às empresas envolvidas no esquema criminoso; 6) afastamento das funções públicas dos servidores envolvidos.
O esquema montado pela organização criminosa movimentou, durante os últimos 4 anos, a milionária cifra de mais de 1 bilhão de reais, dos quais parte foi desviada em proveito criminoso.
O nome Plateias remete ao épico combate ocorrido após a batalha de Termópilas, e que foi fundamental para a vitória dos gregos sobre os persas, no ano de 479 a.C.