PARA EVITAR BENESSES, JUSTIÇA VEDA TRANSFERÊNCIA DE PRESOS NA OPERAÇÃO LUDUS

Para evitar que autoridades presas recebam tratamento diferenciado, o desembargador Oudivanil de Marins, do Tribunal de Justiça de Rondônia atendeu pedido do Ministério Público do Estado (MPE) e vetou a transferência de todos os detidos nesta quarta-feira durante a Operação Ludus. Há alguns dias quando o secretário de Finanças, Gilvan Ramos e o cunhado do governador, Francisco de Assis Oliveira foram presos, o Governo os acomodou em um presídio com regalias sem autorização judicial, daí a preocupação do MPE, explicou o procurador-geral Heverton Alves Aguiar.

Durante a tarde desta quarta-feira, alguns dos 14 presos da Operação Ludus ainda estavam sendo ouvidos no Ministério Público Estadual. Mesmo sem revelar os nomes de todos os acusados, Heverton Aguiar, declarou em coletiva de imprensa que até o final da semana todos os presos devem ser ouvidos no MPE.

O procurador-geral revelou que as provas colhidas quanto à conduta dos envolvidos deu segurança para os pedidos de prisão, com mandados deferidos pelo desembargador Oudivanil de Marins, e que nenhum pedido foi negado. Apenas a obra do “Novo Espaço Alternativo” é citada pelo MPE, mas as investigações continuam, abrindo possibilidades de outras empresas estarem envolvidas no esquema de fraude de licitação em obras estaduais.

Quanto à participação de quatro policiais militares acusados, Heverton Aguiar afirmou que eles estavam lotados em uma assessoria militar instalada em Ouro Preto D’Oeste, desempenhando outras atividades que não condiziam com as suas funções.

Em relação à situação do deputado federal eleito, Lúcio Mosquini, o procurador- geral enfatizou que o processo segue para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), após o dia 17 de dezembro, quando ocorre a diplomação dos eleitos.